Se eu te contasse que em 2003 um Boeing 727-223 simplesmente desapareceu depois de um roubo em Luanda, Angola, você acreditaria? Pois então… Eu sinceramente acharia que é história para boi dormir. Mas não é e hoje vamos contar todos os detalhes sobre este assalto bizarro. Vamos lá?
A história começa com um Boeing 727-223 registrado N844AA que foi fabricado em 1975 e que costumava ser propriedade da American Airlines, sendo que seu último dono teria sido a Aerospace Sales & Leasing de Miami. A aeronave era arrendada pela TAAG linhas aéreas da Angola, porém ele estaria parado em Luanda durante 14 meses, o que gerou mais de US$4 milhões em taxas de aeroporto acumuladas e retroativas.
Esta era uma das duas aeronaves que seriam convertidas para a IRS Airlines no Aeroporto de Quatro de Fevereiro de onde ela sumiu. Segundo o FBI: “…não pintada na cor prata com uma faixa azul, branco e vermelho. O avião esteve anteriormente na frota de uma grande companhia aérea, mas todos os assentos de passageiros foram removidos. A aeronave é equipada para levar o combustível diesel.”
O roubo
Durante o pôr-do-sol de 25 de maio de 2003 teriam embarcado no avião dois homens, sendo que um deles seria o piloto e engenheiro de voo Ben Charles Padilla, nascido nos EUA, e o outro seria Joh Mikel Mutantu, mecânico nascido na República do Congo. Nenhum dos dois teriam os conhecimentos técnicos necessários para voar um Boeing 727, além disso eram necessários três tripulantes para conseguir este feito na época.
Para realizar seu roubo com sucesso, os dois homens estariam trabalhando com mecânicos angolanos há algum tempo para conseguir o plano de voo-pronto. Então, no grande dia, a aeronave começou a se movimentar sem se comunicar com a torre de controle, fez uma manobra irregular e entrou na pista sem autorização. Neste momento a torre tentou fazer contato de diversas formas e não obteve resposta.
Além disso, o transponder foi desligado. Com as luzes apagadas, o avião decolou na direção sudoeste sobre o Oceano Atlântico e nunca mais foi vista. Nunca mesmo. Nem ela nem seus dois malucos tripulantes.
Teorias sobre o que aconteceu
Como todo mistério sem solução, é claro que existem inúmeras teorias que tentam explicar o que aconteceu em 25 de maio de 2003. A primeira delas foi elaborada pela irmã de Padilla chamada Benita Padilla-Kirkland. Ela teria dito ao jornal South Florida Sun-Sentinel que sua família acredita que ele teria caído em algum lugar da África com a aeronave ou que estaria sendo mantido em algum lugar contra sua vontade.
Em julho de 2003 o avião teria supostamente sido visto em Conacri, Guiné, porém a informação foi indeferida pelo Departamento de Estado dos EUA. Alguns dos relatórios que falam sobre o crime mencionariam que havia uma pessoa a bordo enquanto outros dizem que poderiam ter havido mais pessoas. Além disso, vazaram alguns relatórios de Cablegate que diriam que os Estados Unidos teriam procurado pelo avião em inúmeros países após o incidente.
Também consta o registro de que um Oficial de Segurança Regional teria procurado o avião no Sri Lanka, porém não o teria encontrado. Foram realizadas inúmeras buscas em solo por diplomatas estacionados na Nigéria em diversos aeroportos e o resultado sempre o mesmo, em um telegrama vindo da Nigéria o país afirma que certamente o avião não teria aterrizado em um grande aeroporto já que seria facilmente identificado.
Em 2010 o assunto voltou a tona em um artigo da Revista Air & Space de sua edição de setembro. Entretanto, apesar dos árduos esforços dos jornalistas em unir informações, não foi possível descobrir o paradeiro ou destino do avião sendo ele considerado desaparecido até os dias de hoje.
O bizarro é que ninguém pode dizer ao certo o que exatamente aconteceu, quem eram aqueles homens, se eram apenas eles ou se haviam mais pessoas envolvidas e o pior… Tudo simplesmente desapareceu como um toque de mágica.
Bizarro, não é mesmo? Você conhecia esta história? Comente!