Com tantas notícias negativas relacionadas a questões como falta de empregos, preços exorbitantes e crises financeiras, um indivíduo sem instrução nas complexidades da economia poderia simplesmente sugerir que o governo imprimisse mais dinheiro para amenizar nossos problemas financeiros sempre turbulentos, principalmente em questões relacionadas ao pagamento de dívidas. Mas será que uma medida desse tipo realmente funcionaria?
Ao longo desse post, você vai conseguir entender de um modo geral o motivo pelo qual a simples impressão de mais dinheiro que o ideal acaba causando ainda mais instabilidade e consequências realmente absurdas. Por isso, antes de considerar certos bens inacessíveis e acusar o governo de ser “mesquinho” por não conceder uma grande quantia de dinheiro aos pobres, vamos entender como os preços são alocados analisando primeiramente que a raiz de tudo está na oferta e na demanda.
A demanda é a relação que ilustra a quantidade de um bem que um consumidor está disposto a comprar a um determinado preço. A demanda efetiva é então caracterizada tanto pelo desejo de compra quanto pelo dinheiro para obter tal produto. Por isso, o desejo sem os meios para comprar não é considerado uma demanda efetiva. Além disso, em praticamente todas as sociedades, a riqueza é distribuída de forma desigual, de modo que nem todos podem “participar dessa festa” como consumidores.
Se analisarmos a fundo, veremos que o preço de um determinado bem tem uma relação inversa com a sua demanda. Ou seja, à medida que o preço de uma mercadoria aumenta, a demanda do consumidor diminui, já que gastar dinheiro o deixa mais “pobre”. Com isso em mente, podemos também analisar que uma determinada mudança na demanda pode ser atribuída a uma série de fatores externos, como um aumento ou uma redução nas políticas de controle de renda ou de preços. Naturalmente, uma renda maior permite que você compre mais coisas.
Outro fator é a mudança nos preços dos produtos que servem como substitutos (se o preço da Coca-Cola subir, a demanda pela Pepsi pode aumentar) ou complementares (se o preço da pipoca subir, a demanda pelos cinemas vai diminuir). Ou seja, em geral, os preços mais altos reduzem a quantidade de demanda e os preços mais baixos aumentam. No entanto, podem haver exceções. Por exemplo, artefatos raros, carros de luxo ou diamantes são alguns dos produtos excepcionais que contam com um nível de demanda que praticamente não despenca quando os valores sobem.
Demanda e oferta representam a disposição dos consumidores e produtores de se envolver em transações de compra e venda. O mercado combina essas forças para determinar o preço de um produto em disputa, de modo que o valor de uma mercadoria depende da interação entre demanda e oferta. No entanto, o preço nem sempre é necessariamente justo, já que é da natureza de um vendedor tentar maximizar o lucro e da natureza do consumidor buscar pagar menos.
Logicamente, o único incentivo do maximizador de lucro é cobrar mais, mas os próprios consumidores também podem bloquear suas tentativas gananciosas, já que se os preços subirem constantemente, os consumidores passarão a desejar esse produto cada vez menos. Desse modo, a função do mercado é tentar encontrar um ponto de equilíbrio para as duas partes como uma forma de definir um preço relativamente justo.
Com o equilíbrio de ambas as forças, a quantidade demandada tende a ser quase igual à quantidade fornecida. A esse preço, o produtor pode vender o quanto quiser e o consumidor pode comprar o quanto quiser. Isso é comumente chamado de “preço de equilíbrio”, pois não há pressão sobre o preço para aumentar ou diminuir. No entanto, mudanças no preço de equilíbrio podem ocorrer quando a demanda ou a oferta começam a variar.
Exatamente! Com tudo isso que foi apresentado podemos concluir que o aumento do dinheiro circulando em uma economia pode ser erroneamente traduzido como um aumento na renda do consumidor, ou seja, o consumidor teria a ilusão de ser capaz de comprar mais pelo mesmo preço. O problema é que esse desejo de comprar mais coisas também aumenta a demanda. Desse modo, para produzir o número desejado de mercadorias, a oferta também deve aumentar, o que é impossível de acontecer sem o “dinheiro real” circulando.
A consequência disso tudo acaba sendo um aumento ainda maior nos preços dos produtos. Desse modo, o tal “dinheiro extra” não daria nenhum resultado, já que os preços das mercadorias também aumentariam em quantidades iguais junto com ele, causando a temida hiperinflação. Em um cenário desse tipo, a única diferença seria que você passaria a trocar mais pedaços de papel pela mesma quantidade de mercadorias.
Esta é a razão pela qual a falsificação de dinheiro pode ser muito mais prejudicial do que parece. A economia é algo altamente impessoal e os preços são geralmente determinados por dois fatores independentes, que são a oferta e a demanda. Na maioria dos casos, esse mecanismo natural não requer nenhum corpo monetário externo e nem qualquer motivação altruísta tanto dos consumidores quanto dos produtores. Daí o problema em querer mudar isso artificialmente.
Como já deu para perceber, imprimir dinheiro de uma forma imprudente é uma decisão simplesmente estúpida, mas isso não quer dizer que os seres humanos não tenham tentado isso algumas vezes no passado. A Alemanha fez isso por volta de 1924 em resposta à Grande Depressão, mas sem muitas surpresas, as pessoas acabaram com montes de dinheiro sem valor algum. Uma inflação agravada da moeda obrigou os cidadãos a acumular sacolas cheias de dinheiro apenas para comprar um simples pacote de biscoitos!
Outro exemplo ocorreu no Zimbábue, uma economia inflada de forma astronômica através de uma política de impressão de dinheiro absurda. Para se ter uma ideia, a inflação foi tamanha que, em determinado momento, o governo se viu obrigado a produzir notas de 100 trilhões de dólares zimbabuanos, que por sua vez equivaliam a apenas 30 dólares americanos. O dólar zimbabuano foi oficialmente desmonetizado em 30 de setembro de 2015, sendo substituído localmente pelo dólar dos EUA.
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