Sim, você leu certo… Arnon Afonso de Farias Melo – pai do ex-presidente Fernando Collor de Mello – assassinou um homem dentro do Senado Federal e saiu impune! Vamos conhecer mais sobre essa história.
Arnon de Melo foi um jornalista, político, advogado e empresário brasileiro, ele é pai do ex-presidente Fernando Collor de Melo e também de Pedro Collor de Mello. Nascido em Rio Largo no dia 19 de setembro de 1911, faleceu em Maceió em 29 de setembro de 1983. Arnon de Melo viveu em Maceió até 1930 quando decidiu ir para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar como jornalista em ‘A Vanguarda’, um jornal que fala sobre a Revolução de 30.
Ele se formou advogado na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) já em 1933. Ele trabalhou no Diário de Notícias e também nos Diários Associados antes mesmo de se graduar. Depois da graduação trabalhou na Associação Comercial do Rio de Janeiro e também no Diário Carioca e em O Jornal. Depois, em 1936 assumiu a direção da Gazeta de Alagoas além de ser membro do conselho diretor da Associação Brasileira de Imprensa.
Sua carreira política começou com o fim do Estado Novo quando ingressou na UDN e foi eleito suplente de deputado federal em 1945, na sequência exercendo o mandato mediante convocação. Ele também foi eleito simultaneamente deputado federal e governador de Alagoas em 1950, quando optou pelo último cargo e o exerceu por 5 anos.
Depois, retornou para a vida política pelo PDC e foi eleito senador em 1962 e ingressou na ARENA depois do bipartidarismo decretado pelo Regime Militar de 1964. Reeleito pelo voto direto em 1970, continuou seu mandato como senador biônico em 1978 e quando faleceu, estava filiado ao PDS.
Arnon de Melo tinha um inimigo político no senado, o senador Silvestre Péricles. Foi em 4 de dezembro de 1963 que uma discussão saiu do controle, o senador Péricles estava na tribuna a cinco metros de distância de Arnon de Melo que sacou sua arma e disparou três tiros contra o senador. Entretanto, ele errou na pontaria e um dos tiros acabou atingindo José Kairala, Senador do Acre, que morreu em seu último dia de trabalho.
Então é isso mesmo que você leu, houve um assassinato dentro do nosso Senado Federal em frente a inúmeras testemunhas e autoridades! Entretanto, o mandato de Arnon de Melo não foi cassado e ele também não teve qualquer punição imposta pela Mesa. Após o tiroteio, os dois senadores foram presos, mas ficaram pouquíssimo tempo na cadeia antes de serem INOCENTADOS pelo Tribunal do Júri de Brasília. Já imaginou uma coisa dessas?
Depois do que aconteceu a família de José Kairala voltou ao Acre e depois, foi para Minas Gerais até decidir se fixar no Distrito Federal em 1977 onde sua viúva trabalhou como lavadeira e babá. Ele tinha 39 anos quando foi morto, ela filiado ao partido PSD, porém antes disso atuava como comerciante. Ou seja, a história da política brasileira não é apenas feia e corrupta como também é sangrenta…
Você conhecia a história deste absurdo? Comente!
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