É bem provável que você já tenha se perguntado certas questões relacionadas à própria personalidade, como “Quem sou eu?”, afinal de contas, todos nós nos deparamos com perguntas assim de tempos em tempos. De fato, todos nós desempenhamos certos papéis na sociedade e todas essas funções sociais nos ajudam a desenvolver uma certa identidade. Por exemplo, quando você está estudando, é um estudante, mas se estiver trabalhando, poderá ser médico, professor, contador, escritor ou milhares de outras coisas.
Além desses papéis, nossos relacionamentos interpessoais (mãe, irmã, primo, cônjuge) também contribuem para a formação da nossa identidade. Só que, quando você muda de uma função para outra, sua identidade também é alterada, de modo que essa mudança temporária pode causar ansiedade e confusão no nosso subconsciente.
Essa confusão geralmente começa na adolescência, quando começamos a deixar a nossa identidade como estudante e começamos a questionar qual será o nosso papel na sociedade. É exatamente esse período que chamamos de “crise de identidade”.
O psicanalista Erik Erikson descreveu a crise de identidade em sua teoria dos estágios de desenvolvimento. Segundo ele, a formação da identidade já começa na infância, uma fase em que é preciso resolver com sucesso cada crise, como autonomia, independência e confiança, antes de entrar no próximo estágio de desenvolvimento. Então, a crise de identidade é um passo crucial para a formação da identidade, que ganha destaque na adolescência.
A adolescência é um período de muitas mudanças físicas, psicológicas e sociais. Por exemplo, é nessa fase que ocorre o amadurecimento sexual, o que leva a muitas mudanças emocionais devido às alterações hormonais. Além disso, nesse período ocorre uma instabilidade mental decorrente do fato de que os adolescentes precisam tomar decisões importantes para suas vidas e experimentar identidades diferentes para entender quem eles realmente são e quais podem ser o seus papéis na sociedade.
Segundo Erikson, identidade é a soma das “identificações sucessivas” de nossos anos de infância com o impacto de relacionamentos próximos. Erik Erikson apresentou oito estágios de desenvolvimento, sendo a formação de identidade um deles.
Curiosamente, essa tal “teoria da identidade” foi extraída das experiências dos soldados da Segunda Guerra Mundial que retornavam à vida civil sofrendo severas dissonâncias de identidade. Assim, o estudo da teoria da identidade foi aprofundado nessa transição da vida militar para a vida civil pois é semelhante à transição dos adolescentes, pois ambos requerem uma mudança drástica de identidades.
Assim como Freud surgiu com os estágios psicossexuais do desenvolvimento, Erik Erikson explica o aspecto psicossocial do desenvolvimento. De acordo com seus oito estágios, cada estágio envolve um problema ou crise que deve ser resolvido com sucesso antes de passar para um outro estágio que levará ao desenvolvimento saudável. Vale destacar que “identidade” e “crise” também servem como dois lados da mesma moeda, pois experimentaremos essa luta contínua durante toda a nossa vida.
Embora Erikson tenha proposto que os aspectos dolorosos das crises de identidade ocorrem no início da adolescência e geralmente são resolvidos entre os 15 e os 18 anos, suas perspectivas de idade são excessivamente otimistas. Na verdade, pesquisas com pessoas de 12 a 24 anos revelaram consistentemente que a grande maioria dos adolescentes de 12 a 18 anos possuem identidade difusa ou excluída, sendo que só depois dos 21 anos ou mais a maioria dos participantes alcançou algum tipo de identidade estável em qualquer domínio da vida
Curiosamente, há uma diferença de sexo intrigante. Embora as mulheres de hoje estejam tão preocupadas quanto os homens em obter uma identidade ocupacional, elas atribuem maior importância do que os homens a aspectos de identidade que se concentram na sexualidade, nos relacionamentos pessoais e em como equilibrar as metas de carreira e família.
De fato, o processo de obtenção da identidade geralmente é bastante desigual. Um estudo avaliou os status de identidade dos participantes em quatro domínios: escolha ocupacional, atitudes de gênero, crenças religiosas e ideologias políticas. Apenas 5% dos participantes estavam com o mesmo status de identidade em todas as áreas. Portanto, muitos adolescentes e jovens adultos até podem ter alcançado um forte senso de identidade em uma determinada área, mas ainda podem sofrer em outras.
É importante deixar claro que nem todo adolescente passará por todos esses estágios que culminam na crise de identidade. De fato, é bem provável que você conheça pessoas que nunca sabem ao certo o que querem da vida, mas ainda assim vivem de forma totalmente despreocupada.
Por outro lado, alguns apresentam um grande medo de explorar coisas novas, o que faz com que eles busquem submissamente o que lhes é dado, o que pode resultar em uma crise de identidade por conta da insatisfação com relação às suas atividades. No entanto, a verdade é que é muito importante ter uma identidade, mesmo que essa não seja a mais proveitosa, afinal de contas, todo mundo precisa de encontrar um lugar onde se encaixe nessa gigante quebra-cabeça chamado sociedade.
Além disso, se não for possível estabelecer uma identidade positiva por meio de uma transição saudável, um adolescente poderá procurar uma identidade negativa, o que pode levar a casos de depressão e transtorno de ansiedade.
Como você pode ver, não ter uma certa identidade pode deixar a pessoa confusa e deprimida e é exatamente por tudo isso que foi explicado que muitos adolescentes podem preferir, de certa forma, desempenhar o papel de “delinquente social”, em vez de não ter uma identidade. Na prática, essa delinquência é o resultado de uma solução malsucedida da crise de identidade.
Portanto, a crise de identidade é um estágio de desenvolvimento muito crucial para cada indivíduo. De fato, é um estágio que pode construir ou destruir vidas inteiras! Também vale destacar que a extrema resistência dos pais em relação às crianças que exploram identidades diferentes e se desapegam das identidades dadas a eles também pode tornar os adolescentes mais ansiosos, o que pode dificultar ainda mais a resolução de uma crise de identidade.
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