As espadas são parte integrante da análise histórica das guerras antigas e medievais. De fato, elas continuam nos intrigando, apesar do fato de que a maioria das batalhas hoje não conta com espadas. Uma das discussões mais antigos entre os entusiastas de espadas gira em torno das duas formas dominantes desse tipo de arma: curva e reta. Tradicionalmente, as espadas retas têm sido usadas pelos povos da Europa Ocidental, enquanto as espadas curvas são conhecidas por serem mais orientais, principalmente se tratando das cimitarras do Oriente Médio.
Curiosamente, a história medieval sugere que não houve uma civilização superior entre o Ocidente e o Oriente. No fim das contas, tudo depende da época em que analisamos. No entanto, cada uma dessas culturas poderosas preferia um tipo especial de espada durante as batalhas, o que consequentemente nos leva a acreditar que muitos guerreiros antigos acreditavam que as suas espadas eram melhores do que as espadas de seus inimigos. Então, qual tipo de espada realmente levaria vantagem em uma batalha?
Neste artigo, nós vamos comparar as vantagens e desvantagens de cada um desses tipos de espadas, ao mesmo tempo em que fantasiamos sobre batalhas imaginárias entre dois lutadores de espadas habilidosos que usam diferentes configurações de armas.
Uma espada curva seria a escolha ideal para os membros da cavalaria
As espadas curvas tornaram-se populares nas culturas orientais simplesmente porque a Ásia Central, a Índia e o Oriente Médio eram famosos por suas vastas extensões de terra, ideais para as tropas de cavalaria. Você já ouviu falar em como Genghis Khan conquistou a maior parte da Ásia apenas com a força de sua cavalaria? Pois bem, os mongóis também conseguiram esse feito com a ajuda de suas impressionantes cimitarras curvas, pois os soldados a cavalo achavam muito mais fácil manejar uma espada desse tipo do que uma espada reta.
Os argumentos que sustentam a superioridade de uma espada curva sempre mencionam o fato de que uma lâmina curva tende a cortar muito mais efetivamente do que uma espada reta, mas isso não é necessariamente verdade. A curvatura não ajuda a “cortar melhor” por si só, mas realmente conclui o trabalho com mais eficiência. Basta dar uma única espada curva a um homem a cavalo, enfrentando centenas de soldados de infantaria, para ver a carnificina que ele pode realizar no campo de batalha.
Embora uma espada reta até pudesse cortar da mesma forma, seria necessário muito mais treinamento e foco para um soldado manejá-la adequadamente. Seu peso também não ajudaria muito no equilíbrio de um combatente em cima de um cavalo galopante. Além disso, haveria uma boa chance do soldado perder a sua espada de lâmina reta ao vê-la ficar presa em uma de suas vítimas, o que não seria não seria um problema com uma espada curva.
Uma espada de lâmina reta seria mais indicada para os membros da infantaria
No caso das batalhas individuais, a espada reta seria muito superior. A razão pela qual as espadas retas eram mais populares nos exércitos europeus mais antigos é porque suas milícias eram geralmente menores. De fato, as populações naquela parte do mundo sempre foram menores que as grandes civilizações orientais. Portanto, a infantaria se concentrava mais em treinar cada soldado individualmente nas artes da guerra, em vez de simplesmente aumentar o tamanho de seus exércitos.
Uma espada reta é muito melhor para ameaçar e acabar com um inimigo com golpes singulares. Uma espada curvada dificilmente causaria dano se um soldado estivesse usando armadura de cota de malha (que era uma forma muito popular de armadura nas culturas ocidentais).
Com isso em mente, um espadachim altamente treinado para empunhar uma espada reta poderia magistralmente vencer inimigos equipados com armaduras, atacando estrategicamente as fendas visíveis. Da mesma forma, uma espada reta também é melhor se você tiver que bloquear um ataque, pois cada ataque realizado após um movimento de defesa com esse tipo de espada é quase um golpe mortal garantido.
A melhor espada para os arqueiros seria a de lâmina curva
Os exércitos orientais eram enormes, especialmente durante os tempos antigos. Por conta disso, equipar cada homem com uma espada teria sido um investimento muito caro para os reinos orientais, que por sua vez se envolviam em guerras constantemente. Por isso, a maioria dos exércitos era composta por arqueiros que mantinham uma boa distância do calor da batalha.
No entanto, no meio ou perto do final da maioria das batalhas, os arqueiros eram forçados a sacar suas espadas e atacar seus inimigos de frente. Isso costumava ser uma jogada desesperada por parte do lado perdedor. Nesse ponto, quando um espadachim inexperiente ficava cercado por inimigos, a única maneira de escapar era colocando em prática a flexibilidade e a velocidade das espadas curvas.
Primeiramente, por incrível que pareça, as espadas curvas são mais fáceis de puxar da bainha do que uma de lâmina reta. A espada curva também seria a escolha ideal caso o soldado em questão precisasse atacar vários inimigos rapidamente. Na prática, as espadas curvas têm mais área de corte do que as retas, pois têm um melhor ângulo de ataque e também exigem menos treinamento para empunhá-las, se comparadas às espadas de lâmina reta.
Então, qual tipo de espada pode ser considerado o campeão?
Como podemos ver, as questões envolvendo a eficiência das espadas retas e curvas têm muito a ver com as diferenças culturais e estratégicas entre o Ocidente e o Oriente. As nações orientais costumavam focar os seus esforços em batalhas que envolviam arqueiros e membros de cavalaria, o que os levava a dar preferência às espadas curvas. Por outro lado, as guerras da Europa Medieval eram mais centradas no combate corpo a corpo, que sempre foi mais eficiente com espadas de lâmina reta.
Embora possamos apontar certas diferenças entre os dois tipos de espadas e as preferências de seus manejadores, o veredicto final sobre qual é “melhor” definitivamente não existe. De fato, esse debate continua levantando questões cada vez mais complexas, sem uma resposta óbvia à vista.
As espadas são muito mais complexas do que parecem, não é mesmo? Compartilhe o post e deixe o seu comentário!