É muito provável que, quando você comprou o seu primeiro computador, um dos primeiros rituais após a compra deve ter sido a instalação de um bom software antivírus. De fato, o medo de ser infestado por arquivos maliciosos, ter os dados pessoais sequestrados ou de sofrer com a invasão de pop-ups eram coisas que realmente assustavam.
Nos anos 80, os disquetes eram a fonte de vírus mais temida, mas quando a Internet ganhou popularidade nos anos 90, a Web se tornou um terreno bem mais fértil para hackers espalharem seus vírus maldosos para dispositivos on-line. Assim, a Internet passou a ser vista como um campo minado repleto de vírus capazes de corromper sistemas completos de computadores.
No entanto, felizmente, as coisas mudaram bastante desde então. Os sistemas operacionais estão muito mais robustos, os navegadores estão mais seguros e os usuários têm muito mais acesso às informações relacionadas aos hábitos de navegação segura. Consequentemente, isso levanta uma questão interessante: afinal, nós realmente precisamos de antivírus?
Uma das razões pelas quais a indústria antivírus surgiu foi porque havia uma necessidade extrema de proteger os computadores contra ameaças virtuais. De fato, os próprios desenvolvedores dos sistemas operacionais da época estavam bem mais focados em aprimorar recursos operacionais do que necessariamente tornar o sistema à prova de falhas, ou seja, ninguém estava realmente prestando atenção às crescentes infestações por malwares.
Tudo isso mudou depois que um vírus específico chamado ‘Rabbit’ causou estragos em larga escala nos sistemas dos computadores, fazendo com que as pessoas com conhecimento de programação e segurança virtual fossem forçadas a pensar em como protegeriam os sistemas dos computadores com mais eficiência. Foi a partir daí que esses profissionais começaram a se concentrar no desenvolvimento de produtos que ajudariam a proteger os computadores contra ataques tão nefastos.
O vírus Rabbit costumava absorver todos os recursos de memória RAM do computador afetado, tornando-o tão lento a ponto de ser praticamente inutilizável. Então, no início dos anos 90, empresas como McAfee e Avira passaram a investir na criação e no desenvolvimento de produtos que poderiam ajudar a proteger os computadores contra infecções por malware, adware e vírus em geral.
No entanto, nos dias de hoje, os desenvolvedores dos sistemas operacionais e navegadores de Internet estão levando a segurança dos seus sistemas muito mais a sério. De fato, grande parte da proteção que antes exigia aplicativos de terceiros (por exemplo, ferramentas para detectar sites de phishing) agora já é incorporada ao sistema que você usa, independente da fabricante.
Embora isso seja motivo de debates, muitos especialistas de segurança da informação sustentam a tese de que os antivírus geralmente criam mais problemas do que soluções. Por exemplo, eles geralmente são inicializados automaticamente quando o computador ou smartphone é ligado, ocupando uma quantidade significativa dos recursos do sistema, instalando extensões adicionais no navegador e coletando dados do usuário sob a desculpa de “melhorar os serviços”.
Curiosamente, graças à unificação dos produtos oferecidos pelo Google, nós estamos muito mais seguros como usuários. Isso ocorre porque o Google verifica todos os arquivos usados em suas nuvens, ferramentas e serviços, como Drive, Gmail, Chrome, etc. Além disso, graças ao advento de redes sociais como Facebook, Twitter, Instagram e LinkedIn, todos esses sites de mídia social passaram a monitorar constantemente o conteúdo de seus sites para garantir que nenhum malware possa se espalhar através de suas plataformas.
No entanto, a coisa mais importante é que nossos navegadores (as principais fontes de vírus) estão muito mais seguros. Todos os navegadores populares modernos, como Chrome, Firefox, Edge, Safari e Opera, empregam recursos robustos de segurança em seus códigos-fonte. Assim, aquela velha ideia de que um navegador é a grande porta de entrada para infecções está ficando para trás, graças em grande parte às medidas de segurança aprimoradas que os desenvolvedores dos navegadores implementaram.
O Chrome, por exemplo, avisa os seus usuários sobre sites suspeitos até que eles literalmente deem o seu consentimento para acessar o sit suspeito ao clicar no botão “concordo”. Além disso, quase todos os navegadores usam técnicas de sandboxing que impedem o malware de escapar de uma guia e infectar o resto.
É importante deixar claro que a suposição de que os softwares antivírus estão se tornando irrelevantes é baseada em uma suposição de que todos os usuários da Internet têm um conhecimento básico quando se trata de segurança de computadores. Isso significa que todos deveriam seguir práticas básicas de navegação segura, como manter os softwares atualizados, ler o registro de alterações que uma atualização no software geralmente traz e evitar clicar em links e anexos desconhecidos ou de características suspeitas.
O problemas é que muitos usuários casuais e pouco instruídos (como aquela sua tia que adora compartilhar notícias falsas no WhatsApp) podem não seguir estas etapas básicas de proteção. Nesses casos, pode ser necessário um software antivírus adicional para ajudar a manter a pessoa segura no ambiente virtual. Além disso, se você acha que vale a pena trocar parte do desempenho do sistema por uma segurança adicional, também pode querer fazer o uso de um software antivírus.
Ou seja, embora não possamos garantir a abstinência total dos softwares antivírus, é difícil compreender sua real necessidade na era da computação moderna. Lembre-se de que esta é uma era em que a grande maioria dos programadores que desenvolvem os sistemas operacionais está se tornando proativa em relação à segurança. Além disso, mesmo com a instalação de antivírus adicionais, não há uma garantia de que você nunca será atacado ou infectado.
De fato, isso ocorre porque vários criminosos do mundo da computação estão constantemente procurando novas maneiras de enganar os especialistas em segurança, assim como os criminosos “comuns” tentam enganar a polícia a cada momento. No fim das contas, essa é uma corrida armamentista que envolve criatividade, tecnologia e força de vontade. A boa notícia é que, pelo menos por enquanto, parece que os protetores de vírus estão vencendo a guerra contra os fabricantes dessas ameaças.
E você, ainda faz o uso de antivírus adicionais no seu computador? Compartilhe o post e deixe o seu comentário!
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