A Igreja católica é uma das instituições mais antigas do mundo, ela é uma igreja cristã e está por aqui aproximadamente a 2 mil anos. Como bem sabemos, a Igreja Católica está sob autoridade Papal do Bispo de Roma, que atualmente é o Papa Francisco.
Estima-se que a Igreja Católica tenha até o momento cerca de 20 mil santos e beatos. Neste domingo (13/10), foi canonizada no Vaticano a primeira santa nascida no Brasil. A Irmã Dulce, agora chamada de Santa Dulce dos Pobres, recebeu diversas homenagens, mas quem era ela? O que ela já fez? Bom, caso você não a conheça, iremos te dizer agora mesmo.
Infância
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes nasceu no dia 26 de maio de 1914 em Salvador, ela era filha de Dona Dulce Maria de Souza Brito e do Doutor Augusto Lopes Pontes que era dentista e professor da Universidade Federal da Bahia.
Durante a sua infância, Maria Rita costumava rezar bastante para Santo Antônio, ela pedia sinais para saber se deveria seguir a vida religiosa ou se deveria se casar. Maria Rita começou a se dedicar à vida religiosa a partir dos 13 anos, depois de visitar áreas carentes, acompanhada por uma tia.
Vida Religiosa
Com o consentimento da família e o apoio de sua irmã, Dona Dulcinha, Maria Rita foi aos poucos transformando a casa da família (Rua da Independência, 61, no bairro de Nazaré) em um centro de atendimento à pessoas necessitadas. A casa ficou conhecida como “a portaria de São Francisco” e um enorme número de pessoas se aglomerava na porta do local.
Em fevereiro de 1933, a jovem entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, que ficava localizada na cidade de São Cristóvão, lá ela recebeu o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe. A sua primeira missão religiosa foi em 1934, quando ela voltou para Salvador e foi designada para ensinar em um colégio mantido pela sua congregação, na Cidade Baixa, além de também prestar assistência às comunidades pobres da região.
Aos 22 anos, a Irmã Dulce fundou juntamente com o Frei Hildebrando Kruthanp a União Operária São Francisco, que foi o primeiro movimento cristão operário da Bahia, no ano seguinte os dois se uniram novamente para criar o Círculo Operário da Bahia que tinha como finalidade a difusão das cooperativas, a promoção cultural e social dos operários e a defesa dos seus direitos.
Irmã Dulce sempre buscava ajudar aqueles que mais necessitavam, principalmente os operários e seus filhos, além dos doentes e moradores de rua. No ano de 1980, durante a primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil, Irmã Dulce foi convidada a subir ao altar para receber uma bênção especial. O Papa ofereceu a ela um rosário e falou: “Continue, Irmã Dulce, continue”.
Em 1988, a Irmã Dulce foi indicada pelo então presidente do Brasil, José Sarney para o Prêmio Nobel da Paz e teve o apoio da rainha sueca Silvia, porém ela não ganhou o prêmio. Em novembro de 1990, Irmã Dulce começou a apresentar problemas respiratórios, assim, foi internada no Hospital Português da Bahia, depois transferida à UTI do Hospital Aliança e finalmente ao Hospital Santo Antônio.
No dia 20 de outubro de 1991, ela estava em seu leito no convento, quando recebeu a visita do Papa João Paulo II que a concedeu a benção e a extrema unção. Em março de 1992 a Irmã Dulce faleceu e o seu corpo foi sepultado no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a Capela do Hospital Santo Antônio, centro das Obras Sociais Irmã Dulce.
Beatificação e Canonização
Conhecida como “o anjo bom da Bahia”, a Irmã Dulce foi considerava venerável pela Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano em janeiro de 2009. Em Abril do mesmo ano, o Papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento de suas virtudes heroicas. Em junho do ano seguinte, o corpo de Irmã Dulce foi exumado, velado e sepultado novamente, como último estágio do processo de beatificação.
A beatificação foi anunciada no mês de outubro de 2010 pelo cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, em uma coletiva de imprensa realizada na sede das Obras Sociais Irmã Dulce. Em maio de 2011, Irmã Dulce foi oficialmente beatificada e passou a ser conhecida como “Bem-Aventurada Dulce dos Pobres”.
No último domingo, durante a celebração da missa dominical no Vaticano, comandada pelo Papa Francisco, a Irmã Dulce foi finalmente canonizada, recebendo o título de Santa Dulce dos Pobres e assim se tornou a primeira santa brasileira.
Gostou da matéria de hoje? Comenta aqui em baixo e não esquece de comentar!