A risada é talvez a expressão facial mais universal da raça humana, principalmente pelo fato de poder ser aplicada a várias situações e por ser fruto de uma reação involuntária. Servindo como um indicador de diversão, alegria e camaradagem, a risada é algo comum em praticamente qualquer cultura encontrada no mundo, independente das características marcantes de cada local.
Como as pessoas gostam de rir em várias situações diferentes, alguns cientistas passaram a estudar a risada mais de perto, em busca de compreender melhor essa expressão tão natural. De fato, a risada é um assunto fascinante, pois é frequentemente apontada como “o melhor remédio”, mas existe uma grande quantidade de relatos anedóticos de pessoas morrendo enquanto riam.
Pensando nisso, resolvemos listar aqui alguns exemplos das descobertas dos cientistas sobre uma das atividades mais agradáveis da vida. Você vai ver que a risada é algo bem mais complexo do que abrir a boca e emitir sons estranhos. Confira!
Embora a risada seja uma reação involuntária, você já deve ter dado uma leve gargalhada apenas para ser educado em uma determinada situação. Seja para evitar constrangimentos ou para se desculpar civilmente de uma conversa terrível, é bem provável que você já tenha usado o artifício da risada falsa em algum momento da sua vida. O problema é que essas risadas falsas podem não estar enganando ninguém!
Em 2018, o Dr. Greg Bryant, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, publicou uma pesquisa indicando que a capacidade de reconhecer um riso genuíno está presente em praticamente todas as culturas. Bryant e seus auxiliadores testaram isso em 884 pessoas de 21 países em seis continentes. Os participantes ouviram gravações de risadas, tanto risos espontâneos registrados em conversas em inglês quanto risadas falsas de pessoas que foram solicitados a fazê-las.
Independentemente de suas culturas e origens, os ouvintes sempre eram capazes de separar as risadas reais das falsas em uma taxa de acerto surpreendente. Na extremidade baixa, os samoanos identificaram corretamente as risadas em 56% das vezes, enquanto que no topo da tabela, os ouvintes japoneses acertaram em 69% dos casos. O Dr. Bryant também observou que o riso falso e o verdadeiro tem qualidades sonoras diferentes, sendo que a risada falsa tende a soar um pouco mais como uma fala normal do que como um riso verdadeiro.
Você provavelmente já deve ter ouvido falar em gargalhadas descritas como contagiosas, pois elas estimulam o cérebro a preparar os músculos faciais para rir. O que você provavelmente não sabia é que pessoas que apresentam um quadro suspeito de psicopatia na idade adulta podem estar imunes à pandemia do riso. Ou seja, basicamente, psicopatas não sentem necessidade de rir.
Curiosamente, essa característica também foi vista em pessoas mentalmente perturbadas, mas não insensíveis como os psicopatas. O líder do estudo, Dr. Essi Viding, deixou claro que é difícil dizer se a resposta reduzida ao riso é causada pelo comportamento dos indivíduos ou se é uma consequência dele, mas enfatizou que as descobertas justificam mais pesquisas na área.
Falando em risadas falsas, você já deve ter ouvido várias gargalhadas estranhas nos seriados de comédia. Elas podem não ser tão predominantes quanto eram antes, mas dificilmente são deixadas de lado. Curiosamente, nos dias de hoje, muitos críticos de séries de TV acreditam que as chamadas “trilhas de risada” deveriam ser completamente extintas, mas o problema é que esse “riso enlatado” pode realmente ajudar a tornar as coisas mais engraçadas.
Em 2019, a revista acadêmica Current Biology incluiu um estudo da Dra. Sophie Scott, da University College London, que examinou os efeitos das trilhas de risada gravadas nas séries de comédias, as famosas “sitcoms”. No estudo, 72 almas infelizes receberam um total de 40 piadas bem clichês seguidas por nenhuma risada falsa ou genuína. Então, cada participante deveria classificar o quanto as piadas eram engraçadas em uma escala de um a sete.
Por incrível que pareça, os resultados obtidos pelo estudo da Dra. Sophie Scott mostraram que a adição da trilha da risada tinha um efeito surpreendentemente positivo. As notas de classificação aumentaram cerca de 10 por cento com risadas falsas e de 15 a 20 por cento com risadas reais. Ou seja, parece que o riso é realmente contagiante.
Um grupo de psicólogos e foneticistas de várias universidades europeias resolveu estudar o riso de 44 bebês, com idades entre 3 e 18 meses. Para conseguir isso, eles simplesmente coletaram videoclipes adequados de bebês rindo, dos quais não há escassez na Internet.
Os resultados indicaram que bebês mais jovens riam tanto ao inspirar quanto ao expirar, como é visto nos chimpanzés. Os bebês mais velhos do espectro etário do estudo costumavam rir principalmente durante a expiração, como costumam fazer os humanos adultos. Essa mudança na maneira de rir não estava ligada a nenhum marco específico do desenvolvimento, mas parecia vir gradualmente com os meses adicionais de idade.
Um estudo publicado no The Journal of Clinical Investigation em 2019 indicou que estímulos elétricos em uma determinada parte do cérebro podem induzir o riso de maneira confiável e consequentemente ajudar a reduzir a ansiedade. Embora já tivesse sido demonstrado que a estimulação de outras áreas do cérebro poderia causar risadas, esta é a primeira vez que uma redução na ansiedade também foi observada.
Enquanto trabalhavam com uma mulher de 23 anos, os pesquisadores descobriram que a estimulação de seu feixe de cíngulo causava risadas consistentemente incontroláveis, sorrisos e sentimentos de calma e relaxamento. Seu humor estava elevado e suas habilidades cognitivas não foram prejudicadas pela simulação. Depois de observar isso, a equipe tentou a mesma coisa em mais dois pacientes e obteve os mesmos resultados. O co-autor do estudo, Dr. Jon T. Willie, afirmou que esse efeito ocorria devido às conexões do feixe cíngulo com outras partes do cérebro, incluindo aquelas associadas à regulação emocional.
Essa descoberta é muito interessante porque, em primeiro lugar, poderia ser um meio de facilitar a experiência da cirurgia cerebral durante a qual o paciente deve permanecer acordado. Além disso, essa técnica pode dar origem a tratamentos menos invasivos para depressão, ansiedade e dores crônicas. Atualmente, um choque medicinal no feixe cingulado requer uma cirurgia invasiva, mas os avanços da tecnologia médica no futuro podem fornecer uma forma cada vez menos agressiva ao abordar esse problema.
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