Em 1895 foi exibido “La Sortie de l’usine Lumière à Lyon”, o primeiro filme da história, de lá pra cá a indústria cinematográfica cresceu impressionantemente e se tornou uma das mais lucrativas do mundo, isso por ter conseguido cativar diversas pessoas ao longo de todo esse tempo.
É quase impossível encontrar alguém hoje que não goste de um bom filme, afinal de contas, existe de vários gêneros, para todos os gostos. A New York Times divulgou nessa semana uma lista com os 10 filmes mais influentes da década e falaremos sobre agora mesmo.
Importância dos Filmes
Sabemos que quando um filme é produzido, o pessoal envolvido no projeto espera que ele tenha uma boa desenvoltura no cinema e faça uma ótima bilheteria, porém os filmes não são lançados apenas pensando em enriquecer as produtoras.
Os longas conseguem influenciar as pessoas com suas abordagens reflexivas e também com suas críticas que são bem variadas. Uma prova disso, é que quando foi lançado em 2016, o filme “Como Eu Era Antes de Você” gerou vários debates sobre a questão da eutanásia. Por mais que algum filme seja visto como polêmico, é importante focar na parte reflexiva.
Muitos dos filmes acabam também servindo como uma ponte para conhecermos novas coisas, como culturas, políticas de outros países e até mesmo questões sociais.
Filmes Mais Influentes da Década
No início desta semana o New York Times divulgou uma lista contando com os 10 filmes mais influentes da década (segundo eles), vamos conhecer agora esses filmes e uma breve explicação do próprio jornal sobre o motivo pela qual eles foram escolhidos.
- Sniper Americano – O drama de Clint Eastwood sobre a vida e a morte do franco-atirador do Navy SEAL, Chris Kyle, lançado no Natal de 2014, terminou no topo das bilheterias domésticas daquele ano. Foi o único lançamento da década a conseguir isso sem fazer parte de uma franquia, propriedade da Disney ou ambas. Um testemunho do domínio de Eastwood, a popularidade do filme desafiou a ficção de uma Hollywood monoliticamente liberal, ao mesmo tempo em que revelou a polarização do público americano. Com sua bandeira pró-militar e pró-arma agitando – e protagonista de guerreiro caído – “Sniper Americano” mostrou para que lado os ventos políticos estavam uivando;
- Os Vingadores – Sequências não eram algo novo, nem eram os longos, caóticos e barulhentos espetáculos de super-heróis quando este grande monstro aterrissou. Mas Vingadores, lançado após a aquisição da Marvel Studios pela Disney, foi, no entanto, um grande estrondo na indústria: anunciando o domínio do Universo Cinematográfico da Marvel, onde todos vivemos agora, gostemos ou não;
- Blackfish – Muitos documentários que visam conscientizar sobre um problema no mundo pregam para uma audiência esclarecida. A produção de Gabriela Cowperthwaite sobre o abuso de baleias orca no SeaWorld mudou a percepção do público, o comportamento corporativo e a lei;
- Missão Madrinha de Casamento – A imagem chocante da noiva de Maya Rudolph sujando seu vestido de noiva deixou claro que a comédia do diretor Paul Feig (escrita por sua estrela, Kristen Wiig e Annie Mumolo) não era apenas mais um filme de casamento feliz. A angústia intestinal vista em todo o mundo ajudou a demolir o clichê sexista de que as mulheres não podem ser engraçadas. Sim, elas podem até fazer as contas bancárias rirem. Basta perguntar a Melissa McCarthy, que se tornou uma das poucas estrelas de cinema genuínas da década;
- Frozen – Quando Elsa cantou “Let It Go” na animação da Disney, ela não apenas reivindicou seu poder, mas anunciou o poder do público feminino do cinema, que é por si só uma das maiores histórias da indústria na década. Esse público ajudou a tornar Frozen uma das animações de maior bilheteria da história, revivendo e revisando a tradição de contos de fadas da Disney para uma nova geração;
- Corra! – A loucura de arte de Jordan Peele (e sucesso de bilheteria) é um brilhante mash-up de gênero – o exemplo supremo de uma nova onda no cinema de terror -, bem como uma repreensão feroz ao mito (branco) que a era Obama havia introduzido nos Estados Unidos pós-racial. Estreando logo após a posse de Donald J. Trump, parecia um sinal preocupante dos tempos, uma mistura de sátira e horror tão hábil que era difícil dizer qual era qual;
- Jogos Vorazes: Em Chamas – A segunda parte da franquia baseada nos livros de Suzanne Collins cimentou o status de Jennifer Lawrence como uma estrela de cinema global e (como Frozen, outro sucesso daquele ano) reconfirmou o poder das mulheres nas bilheterias. Em Chamas também se tornou o primeiro filme protagonizado por mulheres a liderar as bilheterias domésticas anuais em muito, muito tempo. Popular entre meninos e meninas, Katniss Everdeen era um novo tipo de arquétipo da cultura pop, uma rebelde e uma guerreira, e não uma princesa;
- Moonlight – No 89º Oscar, Moonlight, de Barry Jenkins, fez história no Oscar: entre seus vários ‘primeiros’, o filme – um projeto altamente pessoal e de baixo orçamento, influenciado pelo cinema de arte europeu e asiático – foi o primeiro vencedor de melhor filme de um cineasta afro-americano. Seu triunfo sinalizou uma mudança na indústria após décadas de racismo sistêmico;
- Okja – O filme de Bong Joon Ho sobre uma garota e seu super porco geneticamente modificado foi o lançamento da Netflix que abalou a indústria, obscurecendo ainda mais a divisão entre telas grandes e pequenas. Sua estreia no Festival de Cinema de Cannes de 2017 desencadeou um debate sobre o lugar da Netflix no cinema que continua em fúria. A posição cinematográfica de Bong, por outro lado, só se tornou mais incontestável. Dois anos depois, ele voltou a Cannes com Parasita, ganhando o prêmio principal;
- Star Wars: O Despertar da Força – A franquia, agora parte do Império da Disney, retornou com J.J. Abrams no comando. Inaugurando uma nova trilogia, essa ópera espacial tentou recuperar a energia pop dos três filmes originais, enquanto encontrava mais espaço para mulheres e personagens não-brancos. O resultado foi popular em todo o mundo, mas também provocou uma reação que expôs – não pela primeira ou pela última vez – uma corrente feia e reacionária na cultura moderna de fãs.
O New York Times ainda explica: “Quer você goste deles ou não fizeram a diferença no mundo do entretenimento e além. Em uma época politizada, seu impacto era frequentemente medido em termos ideológicos, pelas discussões que iniciaram e pelas paixões que inflamaram. E em um momento de hegemonia de grande sucesso e ascensão em streaming, eles também representaram um negócio e uma audiência em um fluxo constante e às vezes confuso.”
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