Além de ser o ponto mais alto da Terra com 8.848 metros de altitude, o Monte Everest é também um dos destinos mais procurados pelos alpinistas e entusiastas de práticas radicais. Embora o Everest não seja considerado uma das montanhas mais perigosas da Terra, pessoas morrem todos os anos tentando atingir seu pico, levando muitos a se perguntarem como é escalar o Everest e se tal experiência vale a pena. Curiosamente, apesar dos custos e perigos, muitos alpinistas afirmam que sim.
O Everest tem inspirado pessoas a atingir seu pico desde que Edmund Hillary e Tenzing Norgay tiveram sucesso em 1953, romantizando a façanha de conquistar a natureza forçando seus limites. Contribuindo para a mística em torno do Everest está o fato de que nem todos que tentam escalá-lo sobrevivem, o que fica evidenciados pelo número de corpos que a montanha abriga.
Pensando nisso, listamos alguns tópicos que ajudam a explicar como é a experiência de escalar o Everest. Você vai ver que, de acordo com aqueles que já escalaram a montanha, é preciso muito mais determinação e trabalho duro do que parece.
Não importa quanta experiência em escalar montanhas você tenha, chegar ao cume do Monte Everest é um processo tão complexo que pode levar dois meses. Embora sejam necessários apenas cinco dias para que os alpinistas viajem do acampamento base até o cume e retornem, os escaladores precisam passar um tempo em várias alturas diferentes ao longo do Everest para acostumar seus corpos à altitude antes de avançarem para o cume.
Na prática, se a pessoa resolver se aventurar indo direto rumo ao topo do Everest, ela morrerá em questão de minutos, pois não possuirá glóbulos vermelhos suficientes para transportar o oxigênio necessário aos seus pulmões. Nos acampamentos de base, expedições fazem pequenas jornadas progressivamente mais altas a cada viagem. Esse processo incentiva o corpo a produzir mais hemoglobina, necessária para ajudar o oxigênio a viajar dos pulmões para outros órgãos através dos glóbulos vermelhos.
Mesmo usando oxigênio, os alpinistas podem sentir os efeitos da altitude do Everest. “Escalar uma montanha acima dos 6.000 metros, mesmo com oxigênio engarrafado, é como correr em uma esteira e respirar através de um canudo”, disse o alpinista americano David Breashears em uma entrevista ao site Business Insider.
Já o alpinista John Beede chegou a passar cerca de 30 minutos sem oxigênio durante sua descida por conta de um vazamento no seu tanque de oxigênio. Segundo ele, “dar um único passo exigia de três a cinco respirações, dependendo da inclinação”. Ele deu mais detalhes sobre a sua experiência no Reddit, escrevendo o seguinte: “Eu estava totalmente hipóxico, totalmente exausto e, de várias maneiras, não conseguia reunir energias para me manter em pé. Foi aterrorizante”.
Pelo menos 11 pessoas morreram no Monte Everest só em 2019 e cerca de 295 pessoas pereceram nos anos anteriores. Apesar dos equipamentos modernos melhorarem as chances de escalar a montanha e sobreviver para contar a história, estima-se que existam mais de 200 corpos no Everest, alguns dos quais permanecem totalmente visíveis para os alpinistas vivos.
Além dos corpos, os alpinistas também devem estar preparados para testemunhar pessoas desconfortavelmente próximas da morte. O alpinista John Beede explicou em detalhes a experiência: “Eu quase tive um ataque de pânico quando vi um homem que estava em seu último suspiro, inconsciente, mas ainda vivo. Fiquei com ele por algum tempo, mas ele morreu alguns minutos depois de vê-lo… Eu tive pesadelos com isso quase todas as noites desde então”.
Alguns alpinistas podem desenvolver um quadro de hipobaropatia, que é o sofrimento físico causado pela dificuldade em se adaptar à menor pressão de oxigênio em altitudes elevada. Na maioria dos casos, isso causa letargia e dores de cabeça, mas em situações mais graves pode ser potencialmente fatal. Além do risco de derrame ou de ataque cardíaco devido a um aumento da frequência cardíaca, os pulmões e o cérebro do alpinista podem inchar devido a um edema.
De certo modo, todo alpinista sofre um certo grau de edema pulmonar ao escalar o Everest. Em alguns casos, os sintomas são irreconhecíveis, mas em outros eles são perfeitamente audíveis, de modo que a pessoa pode ouvir barulhos estranhos na região dos pulmões.
Além de todos esses sintomas, a hipobaropatia também pode desencadear delírios. Geralmente, os alpinistas afetados gravemente podem conversar com pessoas imaginárias, tirar a roupa apesar da temperatura fria, ou tomar más decisões. Embora não haja como os alpinistas se protegerem completamente contra o desenvolvimento da hipobaropatia, alguns alpinistas ocidentais começaram recentemente a tomar o esteroide dexametasona, que demonstrou minimizar o risco.
O alpinista Brian Dickinson experimentou a dolorosa sensação de sofrer com um quadro de fotoceratite, uma condição ocular causada pela exposição dos olhos aos raios ultravioleta. Antes de chegar ao cume, os óculos de Dickinson racharam, permitindo que o gelo penetrasse no interior e fazendo com que ele ficasse temporariamente cego. Seus olhos ardiam, embaçavam, e sua visão desaparecia, forçando Dickinson a confiar nas suas habilidades para encontrar seu caminho de volta ao acampamento sem ajuda.
Além do brilho dos raios solares na neve, o fato dos alpinistas estarem mais próximos do sol no topo do Everest também pode causar cegueira e dor intensa nos olhos. Além disso, a pouca oferta de oxigênio também pode causar a ruptura de vasos sanguíneos nos olhos. Na prática, é possível não apenas ficar cego devido à intensa radiação da luz, mas o alpinista também pode ter os seus olhos literalmente congelados. Ou seja, perder os óculos durante uma escalada no Monte Everest pode ser algo muito mais perigoso do que parece.
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