Para muitos norte-americanos, a bandeira dos Estados Unidos da América é um símbolo de orgulho nacional que eles exibem em mastros de bandeira na frente de suas casas, em suas roupas e em praticamente qualquer outro lugar possível. De fato, poucos países desfrutam de tanta admiração pela sua bandeira quanto os americanos, o que até pode parecer algo bastante estranho para quem não é dos Estados Unidos.
No entanto, as razões por trás de todo esse amor que os americanos têm por sua bandeira estão profundamente enraizadas na história do país, embora poucas pessoas tenham conhecimento sobre isso. Para dissipar os mitos e tentar explicar um pouco da sua história da melhor maneira possível, listamos aqui cinco fatos curiosos fascinantes sobre a bandeira americana. Confira!
5. Já existiram 27 versões da bandeira americana
Ao longo dos anos, os Estados Unidos evoluíram de suas 13 colônias originais para um total de 50 estados. Consequentemente, à medida que cada estado se juntava à União, tornavam-se necessárias certas modificações na bandeira. Curiosamente, os EUA são minoria nesse quesito, pois a maioria dos países não costuma modificar suas bandeiras por esse motivo, preferindo manter uma bandeira nacional que permanece estática no design.
Para se ter uma ideia, o campo estelar já apresentou muitos padrões diferentes. Algumas versões menos oficiais que tremulavam acima dos fortes do Exército americano chegaram a incluir estrelas dispostas em círculos, um diamante e até uma única estrela!
Além disso, embora a bandeira americana tenha 13 faixas representando as 13 colônias originais, esse número já chegou a 15. Isso ocorreu na época em que Vermont e Kentucky se uniram à União, quando foi decidido que, para incorporar o número apropriado de estados, a bandeira deveria ser redesenhada para incluir 15 faixas. A bandeira de 15 faixas tremulou nos Estados Unidos por 23 anos, até que decidiu-se que o conceito original deveria ser reimplementado.
4. Um estudante do ensino médio foi o responsável pela criação da versão atual de 50 estrelas
Quando os Estados Unidos deram as boas-vindas ao Alasca e ao Havaí em 1959, o pedido de um novo desenho da bandeira foi enviado aos cidadãos americanos e acabou sendo atendido por uma fonte improvável. Pessoas de todo o país abraçaram o desafio, mas não foi um designer profissional quem ganhou o desafio. É improvável que alguém pensasse que o projeto de um aluno do ensino médio seria o escolhido, mas foi exatamente o que aconteceu quando a bandeira de Robert “Bob” Heft, natural de Ohio, foi enviada para consideração.
Como nunca havia costurado uma bandeira em sua vida, Bob montou seu design de 50 estrelas usando materiais bem básicos. Ele projetou seu novo design sobre a antiga bandeira de 48 estrelas de sua família e levou-a para a classe. Posteriormente, o design de 50 estrelas de Bob acabou sendo o escolhido e permanece assim há mais de 60 anos, o mais longo período para qualquer design da bandeira americana.
O mais interessante disso tudo é que, antes de sua morte em 2009, Heft criou um padrão de 51 estrelas, já pensando na possibilidade dos Estados Unidos reconhecerem Porto Rico como um estado da União no futuro.
3. Ela tem um nome bem específico
A bandeira dos Estados Unidos tem um nome bem específico, e não é Star-Spangled Banner (A Bandeira Estrelada) como muitos imaginam. Na verdade, o nome da bandeira dos Estados Unidos da América é Old Glory (Velha Glória), mas esse nome nunca chegou a ser oficialmente batizado pelo Congresso.
Curiosamente, Old Glory era um nome dado a uma bandeira de propriedade de William Driver, um capitão americano. Durante a Guerra Civil Americana, o estado do Tennessee se separou da União e sua bandeira se tornou alvo de milícias locais. Então, ele escondeu com sucesso a bandeira dos vândalos e a manteve segura por várias tentativas.
Eventualmente, a guerra terminou e a bandeira passou a tremular sobre a Câmara de Representantes do Tennessee. Desse modo, a história em torno da luta de Driver em preservar a glória antiga da nação e sua sobrevivência levou todas as bandeiras americanas a adotarem esse nome.
2. Queimar a bandeira americana é a maneira legalmente correta de descartá-la
Uma das maneiras mais comuns de protestar nos Estados Unidos gira em torno do ato de queimar a bandeira americana. De fato, isso acontece desde quando a bandeira foi criada, mas o que muitas pessoas não sabem é que essa é a maneira legalmente correta de descartá-la. Isso pode parecer contra-intuitivo, mas o Código de Bandeira dos EUA descreve especificamente as maneiras apropriadas de levantar uma bandeira, abaixá-la, quando usá-la, que tipo de bandeira usar e até como se livrar de uma.
“A bandeira, quando está em uma condição que não serve mais como um emblema apropriado para exibição, deve ser destruída de maneira digna, de preferência sendo queimada”, diz o Código de Bandeira dos EUA. Na prática, isso pode ser feito queimando totalmente a bandeira ou separando as suas costuras e queimando as cores individuais.
1. Dito isto, é possível concluir que nenhuma lei nacional protege a bandeira
Muitas pessoas nos Estados Unidos acreditam erroneamente que a bandeira americana está protegida por várias leis. No entanto, a verdade é que não existem leis que podem levar a penalidades civis ou criminais se alguém profanar ou destruir uma bandeira. Embora isso cause estranheza, a verdade é que existe uma boa razão para isso.
Na prática, como a bandeira serve como um símbolo da liberdade dos EUA, ela deve ser usada livremente, ainda que isso signifique que ela possa ser profanada e destruída. Desse modo, restringir o direito de uma pessoa de fazer o que quiser com ela seria antitético a tudo o que a bandeira representa. No entanto, isso não significa que os americanos nunca tentaram estabelecer leis para proteger a bandeira.
Durante a Guerra do Vietnã, o Congresso aprovou uma lei que ficou conhecida como “Lei de Proteção da Bandeira de 1968”. Essa lei procurava proteger a dignidade da bandeira e punir aqueles que a abusavam. Porém, a lei foi derrubada em 1990 pela Suprema Corte, quando eles declararam que a preservação da bandeira como um símbolo não supera o direito individual de uma pessoa querer fazer o que quiser com ela, até mesmo depreciá-la. Curioso, não?
Quem diria que a bandeira dos Estados Unidos teria tanta história pra contar, não é mesmo? Compartilhe o post e deixe o seu comentário!