Cuidar da saúde é uma parte importante da vida cotidiana, mas ficar doente é algo que simplesmente não pode ser evitado para sempre. Um bom exemplo disso são os resfriados, que costumam afetar o nosso sistema imunológico com bastante frequência. Por sua vez, os sintomas de um resfriado ocorrem de várias formas, mas um deles costumam se destacar pelo grande incômodo que causa: a famosa gargante inflamada.
De fato, existe uma grande chance de que, em algum momento da sua vida, você provavelmente acordou com uma dor de garganta bastante incômoda. Além disso, você deve ter notado que, ao tentar falar qualquer coisa, a sua voz provavelmente se transformou em algo tão estrondoso e profundo que impressionaria até mesmo o Darth Vader. Mas, afinal de contas, por que a nossa voz tende a mudar tanto quando estamos com dor de garganta?
Ao longo desse post, nós vamos explorar os principais fatores por trás da voz rouca decorrente da inflamação da garganta.
Antes de analisarmos por que a nossa voz soa tão estranha quando estamos doentes, é importante entendermos primeiramente como formamos os sons. Pois bem, na prática, existem três elementos básicos nesse processo: os pulmões, a caixa vocal e os seios nasais / boca.
Os pulmões abrigam o ar que respiramos, mas quando expiramos, o diafragma sobe, os pulmões começam a se contrair e uma poderosa corrente de ar é formada à medida que se move pela traqueia. Em cima da traqueia está a laringe, também conhecida como “caixa vocal”. Dentro dela está o ponto crucial de todo esse tópico: as pregas vocais. As pregas vocais são tecidos membranosos que abrem e fecham, dependendo do que estamos fazendo com o sistema respiratório, como por exemplo, deglutição, respiração, fala, canto, etc…
Durante a expiração, quando a corrente de ar passa pela caixa vocal, essas pregas vocais começam a fechar levemente e o ar em movimento faz vibrar os tecidos moles. Essa vibração acontece muito rapidamente, variando de 100 a 1.000 vezes por segundo, sendo que essa taxa variável depende do tom do som que estamos tentando fazer ao cantar ou falar. Em outras palavras, o tom é manipulado pela tensão colocada nas pregas vocais, assim como o seu comprimento e espessura.
Para compreender melhor todo esse processo, você pode pensar nas pregas vocais como as cordas de uma guitarra. Nesse instrumento, as cordas mais finas geralmente sofrem mais tensão e vibram mais rapidamente, produzindo um tom mais alto. Por outro lado, as cordas mais grossas tendem a sofrer menos tensão e vibram menos rapidamente, o que consequentemente produz um tom mais baixo.
Para continuar com toda essa analogia musical, podemos concluir que as pregas vocais são basicamente o bocal do instrumento vocal do seu corpo. As cavidades do nariz, garganta e boca fornecem amplificação e ressonância ideais, dando-nos a capacidade de falar, cantar e ser ouvido.
Agora que abordamos essa rápida lição relacionando o sistema respiratório com instrumentos musicais, vamos abordar por que certas doenças transformam este instrumento afinado em algo totalmente desregulado e por que uma dor de garganta já é mais que suficiente para transformar uma pessoa em um verdadeiro pato rouco.
Pouca gente sabe, mas os nossos tratos respiratórios são revestidos com membranas mucosas, que são muito importantes para manter os tecidos úmidos e que tornam-se indispensáveis quando nossos corpos são atacados por uma infecção. O resfriado comum faz com que essas membranas inchem e liberem muco, na tentativa de repelir os patógenos invasores. No entanto, essa resposta imune pode ser confusa para o corpo, o que explica sintomas como o nariz constantemente escorrendo, espirros desleixados e olhos lacrimejantes.
Embora diferentes partes do sistema respiratório tenham funções distintas e não estejam necessariamente ligadas a outras áreas, as membranas mucosas funcionam continuamente e é por isso que as infecções podem se espalhar com tanta facilidade. De fato, isso explica por que um resfriado comum pode muito facilmente se transformar em uma infecção no ouvido, dor de garganta, tosse seca como resultado de gotejamento pós-nasal e muitos outros sintomas interconectados.
A laringe, que foi exemplificada acima como uma verdadeira caixa vocal, é frequentemente considerada a estrutura de conexão entre os sistemas respiratório superior e inferior. A traqueia fica abaixo da caixa vocal, enquanto a faringe fica acima dela e as membranas mucosas ligam todas as áreas. Portanto, quando essas membranas incham em resposta a uma infecção, as pregas vocais também engordam e ficam revestidas com excesso de muco.
Como a nossa analogia acima explicou, pregas vocais grossas e com menos tensão tendem a vibrar mais lentamente e produzir um tom mais baixo. Desse modo, até que essas pregas vocais retornem ao tamanho normal e a pior das inflamações já tenha passado, é altamente improvável que você consiga “acertar” as notas musicais ideais.
A inflamação das pregas vocais, juntamente com o excesso de muco nas vias respiratórias, são os principais fatores que faz com que a nossa voz diminua de tom e apresente um som estranhamente grave quando estamos com dor de garganta.
Além disso, vale destacar que o muco que reveste as pregas vocais tende a dificultar a vibração, o que significa que menos som pode ser produzido. É por isso que sua voz pode não apenas ser mais baixa, mas também mais rouca, pois a corrente de ar acaba sendo interrompida no labirinto pegajoso de suas vias aéreas. Consequentemente, se houver uma produção excessiva de muco, você poderá sofrer de laringite total, uma condição na qual a sua voz poderá desaparecer completamente!
Com isso em mente, da próxima vez que você estiver se sentindo mal e sua voz apresentar uma tonalidade muito esquisita, pelo menos você poderá explicar às pessoas por que você soa como um super vilão. Ou, melhor ainda, poupe a sua voz e evite mais irritações nas pregas vocais e nas membranas mucosas. O seu corpo agradece!
E você, já sofreu com a rouquidão proveniente de uma inflamação na garganta? Compartilhe o post e deixe o seu comentário logo abaixo!
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