As abelhas são criaturas que podem ser vistas em várias partes do mundo, o que faz com que elas dificilmente sejam ignoradas. De fato, quando a maioria das pessoas pensa em abelhas, elas geralmente tendem a imaginar pequenos insetos amarelos e pretos voando em torno de sua colmeia, sugando néctar e polinizando flores em suas jornadas diárias de um lado para o outro.
No entanto, como as colmeias não duram para sempre e o sistema de navegação das abelhas não é necessariamente perfeito, uma pergunta pode surgir na mente de muita gente: afinal de contas, o que acontece quando uma abelha perde o seu rumo? Será que quando essas criaturas produtoras de mel se perdem elas ficam condenadas a uma uma morte solitária? Ou será que há esperança para um final feliz?
Para investigar adequadamente essa questão, precisamos compreender algumas outras características das abelhas e alguns fatos surpreendentes que podem ser bastante esclarecedores.
Quando pensamos em abelhas, nós geralmente presumimos que esses insetos sabem onde fica sua casa e não correm grande risco de se perder. As abelhas que saem da colônia em busca de pólen e néctar são as abelhas operárias, que são fêmeas e as grandes responsáveis pela maior parte do trabalho na colmeia.
Em uma colônia de abelhas comum, pode haver de 20.000 a 80.000 operárias, algumas centenas de zangões machos e uma única abelha rainha. Os zangões não contam com nenhuma outra responsabilidade além do acasalamento com uma rainha não fertilizada, não possuem ferrões e nem costumam deixar a colmeia. No entanto, no caso das abelhas operárias, que provavelmente são os tipos de abelhas que você costuma encontrar voando e zumbindo pelo seu jardim, sobreviver fora da colônia é essencial.
De fato, as operárias têm uma vida útil de apenas dois meses, em média, sendo que apenas nas primeiras duas semanas de vida elas costumam trabalhar dentro da colmeia. Portanto, quando saem de casa, elas não podem “perder tempo”. Felizmente, as abelhas têm um mecanismo notável de navegar pelo mundo sem se perder, que por sua vez consiste em usar o sol como ponto fixo para manter um ângulo de localização. Ou seja, é muito difícil para uma abelha ficar perdida ou completamente alheia por aí.
Após encontrar pólen ou néctar, uma abelha comum costuma voltar para a sua colmeia em uma linha reta, onde se engaja em dizer às outras abelhas onde a comida pode ser encontrada. No entanto, se uma abelha for removida de seu ambiente normal ou se a colmeia dessa abelha for completamente destruída (como por conta de uma tempestade, desastre natural ou atividade humana), ela terá que descobrir uma maneira de sobreviver. Só que, se não conseguir encontrar o caminho de casa ou se não houver um lar para encontrar, o que uma abelha deve fazer neste caso?
Bem, para começar, apenas cerca de 10% das abelhas vivem nas colônias e colmeias “estereotipadas”. Muitas das abelhas ao redor do mundo são conhecidas como “abelhas solitárias”, que por sua vez vivem sozinhas ou em ambientes comunitários muito pequenos com outras abelhas solitárias da mesma espécie. Elas desempenham um papel muito importante na polinização, assim como as abelhas colonizadas, mas não obtêm o mesmo nível de reconhecimento, possivelmente devido à baixa produção de mel.
Portanto, basicamente, as abelhas até podem sobreviver fora de uma colmeia, mas para as abelhas colonizadas, viver a serviço de uma rainha é o objetivo principal. Se uma abelha se perde da sua colmeia ou é separada por uma grande distância geográfica, sem chance de retornar, ela provavelmente tentará entrar em outra colmeia. Nesse ponto, a narrativa se torna totalmente dependente de que tipos de abelhas estão envolvidas, da saúde da colmeia, se as abelhas estrangeiras estão trazendo néctar e pólen para a colmeia e se estão imersas em feromônios.
Existe um fenômeno desse tipo que é particularmente comum quando as colmeias estão geograficamente próximas umas das outras, como nos apiários. Basicamente, cada colmeia é única e cada abelha dessa colmeia é marcada por uma assinatura química, mas as abelhas de outras colônias próximas podem ter a entrada permitida, caso as abelhas da nova colônia permitirem. Em outras palavras, seria semelhante a um agente de imigração permitindo a entrada de um estrangeiro em seu país.
Vale destacar que cerca de 10% das abelhas adultas trabalham como “guardas” para a colônia, inspecionando qualquer visitante estrangeiro. Se os “guardas” reconhecerem a assinatura química, ou se as abelhas estrangeiras pertencerem a uma colônia inter-relacionada, elas poderão receber a permissão para entrar.
Para finalizar, é importante destacar que, se uma colmeia for completamente destruída, o que significa que a abelha rainha e todas as abelhas larvais foram dizimadas, não há como reiniciar essa colônia e salvá-la. No entanto, em colmeias parcialmente destruídas ou no caso da morte de uma abelha rainha, uma nova rainha pode ser inserida, em torno da qual os zangões e as operárias se unirão novamente.
Se isso não for possível, tentar ingressar em outra colônia é a única opção para as abelhas “perdidas”, caso contrário, elas serão privadas de comida e provavelmente morrerão de fome. Embora as abelhas nesse tipo de situação até possam ter sorte e ser aceitas em outra colônia, em estudos formais ficou constatado que apenas cerca de 30% das abelhas estrangeiras são aceitas por essas imigrações rigorosas.
Por isso, se você se deparar com uma abelha zumbindo em torno de sua mesa durante o almoço, deixe-a viver livremente! Além disso, não pense que todas as abelhas que você vê por aí pertencem a uma colmeia em algum lugar próximo. Há uma boa chance de que essa abelha pode estar vivendo sua própria vida solitária, mas ainda fazendo o importante trabalho de polinização. Se ela for uma abelha à procura de uma nova colônia, tudo o que você pode fazer é desejar boa sorte e torcer para que uma nova colmeia seja acolhedora e generosa com ela!
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