Imagine que você está voltando para casa depois de um longo dia de trabalho, durante o qual seu chefe gritou com você várias vezes. Quando você sai para atravessar a rua, a buzina estridente de um carro que se aproxima lhe assusta e você escapa de ser atingido por pouco. Seu coração está acelerado, sua respiração fica superficial e você imediatamente começa a suar. Ou seja, nesse tipo de situação, você está estressado de todas as maneiras possíveis: física, emocional e psicologicamente.
No entanto, embora seres humanos e animais experimentem e demonstrem estresse de várias maneiras possíveis, poucas pessoas se perguntam se o mesmo se aplica às plantas. Basicamente, qual é o equivalente a uma planta nervosa? Uma planta pode ficar estressada depois de se ver em uma situação perigosa? As plantas podem sentir estresse e dor, ou isso é algo que somente a vida consciente dos animais pode experimentar?
Ao longo desse artigo, nós vamos explorar alguns tópicos que ajudam a explicar se as plantas também podem sentir estresse ou não.
Quando um ser humano ou alguma outra criatura senciente (capaz de sentir sensações e sentimentos de forma consciente) se depara com uma experiência estressante, como evitar um acidente por pouco ou tentar escapar de um predador, seu corpo geralmente é beneficiado por suas reações de “fuga ou luta”. Assim, eles devem optar por lutar e se defender, ou fugir para procurar abrigo contra a ameaça. As plantas, no entanto, estão literalmente enraizadas no chão e, portanto, são incapazes de escapar de situações perigosas ou desconfortáveis.
Assim, quando pensamos em predadores e presas na natureza, raramente pensamos em plantas que se encaixam nos mesmos paradigmas, mas o fato é que isso realmente acontece. Lembre-se de que todos os herbívoros e onívoros do planeta (organismos que comem plantas) são predadores da perspectiva das plantas! Além disso, além de predadores sensíveis, as plantas também devem ser capazes de se defender de ameaças naturais, como chuvas, excesso de calor, doenças, temperaturas congelantes e períodos de secas.
Na prática, as plantas incapazes de suportar ou evitar tais fatores estressores não conseguirão crescer, produzir sementes viáveis e se reproduzir. Ou seja, dadas as quase 400.000 espécies de plantas que foram identificadas em todo o mundo até agora, podemos concluir que a flora da Terra desenvolveu suas próprias maneiras de responder ao estresse.
Quando uma planta passa por um período difícil, seja por conta do clima, predadores ou até mesmo por doenças, não há muitas opções disponíveis além de adaptar-se ou perecer. A opção menos preferida é a morte, obviamente, mas nem sempre essa é uma opção terrível. Muitas plantas têm vida curta porque não têm adaptações para sobreviver a tempos desafiadores, mas sua reprodução é tão bem feita que sucumbir à morte não é um fracasso do ponto de vista de evolução dessa espécie.
Em termos de plantas capazes de sobreviver e resistir às tempestade, elas se acostumam a tais condições climáticas ao desenvolver formas de continuar produzindo sementes, apesar dos desafios. As plantas que podem lidar com variações na temperatura e nos níveis de água sem morrer são frequentemente chamadas de “plantas resistentes”, em comparação com aquelas suscetíveis a pequenas flutuações no ambiente. As plantas resistentes evoluíram gradualmente certas características à medida que toda a população se acostumava às novas condições.
Algumas dessas características permitem superar desafios ambientais, como a capacidade de alterar o tamanho das folhas, dependendo das condições de crescimento. Essas adaptações são o resultado da seleção natural e fornecem proteção e resiliência a longo prazo contra o estresse regular ou sazonal.
As plantas também contam com uma “resposta aguda ao estresse”, que por sua vez é um tanto semelhante à nossa própria resposta de luta ou fuga. No caso dos humanos, nossa regulação hormonal é controlada pelo sistema endócrino, enquanto os neurotransmissores são gerenciados pelo sistema nervoso. As plantas, no entanto, não possuem sistema nervoso, endócrino ou até mesmo um cérebro. Em vez disso, cada célula vegetal é capaz de produzir seus próprios hormônios!
Os hormônios vegetais controlam cada passo do crescimento, desenvolvimento, reprodução e defesa da planta, o que inclui a resposta ao estresse. A maioria dos hormônios é geralmente usada apenas durante certos estágios do ciclo de vida da planta, enquanto outros, como os hormônios de resposta ao estresse, podem ser produzidos e implementados a qualquer momento.
O ácido abscísico, por exemplo, é um regulador de crescimento de plantas particularmente popular que é gerado pelos cloroplastos quando uma planta está passando por um certo estresse. Na prática, ele inibe o crescimento das folhas e pode até afetar a dormência delas quando as condições não são adequadas para o crescimento. No caso de estresse hídrico, que se resume aos períodos de seca, esse mesmo hormônio pode fechar os estômatos das plantas, impedindo a perda de água por evaporação.
Com tudo o que foi explanado, podemos concluir que as plantas realmente sentem o estresse do ambiente e de outras atividades, mas a sua resposta a esses estímulos é muito diferente da nossa ideia de estresse, uma vez que as plantas carecem de um sistema nervoso e um cérebro tradicional. De fato, só porque esses seres vegetais não têm um sistema nervoso como os humanos não significa que eles não são capazes de reconhecer e responder ao perigo.
Embora o debate sobre se as plantas podem ou não “sentir dor” muitas vezes abrange até mesmo os campos da filosofia, a questão de saber se elas sentem estresse não é mais uma dúvida no campo científico. O estresse faz parte da vida de praticamente todo ser à medida que as condições ambientais mudam e os organismos são forçados a se adaptar de alguma forma.
Curiosamente, o estresse nas plantas não é necessariamente uma coisa ruim, embora geralmente tendemos a associá-lo como uma experiência “dolorosa”. Em alguns casos, o estresse permite que uma planta aprenda mais sobre seu ambiente, para que possa estar melhor preparada para o futuro. Em outros casos, o estresse direciona o processo de seleção natural e até consegue promover melhores adaptações para que uma espécie possa persistir, o que não é muito diferente da experiência humana em situações difíceis.
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