Você já deve ter notado que todo o domínio da vida na Terra não é uniforme. Existem animais grandes e pequenos, aqueles que vivem na água e outros que vivem na terra, criaturas de cores vivas e algumas que até mudam de cor de vez em quando. No entanto, não importa o tamanho ou o comportamento de um organismo, todas as espécies existem para a sobrevivência e, portanto, seu objetivo fundamental é a perpetuação.
Para sobreviver, a grande maioria das espécies produz descendentes, fazendo com que esses organismos continuem a habitar o planeta. Um detalhe interessante disso tudo é que, se levarmos em conta todo o reino animal, cerca de 99,9% das espécies perpetuam-se através das fêmeas. Desse modo, após a fertilização, as fêmeas nutrem seus filhotes para a vida.
No entanto, por mais incrível que pareça, há uma espécie no qual é o macho que faz esse trabalho. Essa criatura pra lá de curiosa vive em um habitat marinho e é conhecida em todo o mundo por sua aparência única. Estamos falando do cavalo-marinho!
Os cavalos-marinhos são basicamente os unicórnios do ambiente marinho, até porque são animais bastante místicos e enigmáticos. Essas criaturas têm uma cabeça semelhante a de um cavalo e a cauda de uma serpente, mas o que mais chama a atenção é que, curiosamente, esse organismo é, na verdade, um peixe. Ele é biologicamente classificado na classe Actinopterygii, uma categoria que consiste em peixes ósseos.
Por sua vez, o gênero dos cavalos-marinhos é o Hippocampus, sendo que eles estão mais amplamente agrupados na família Syngnathidae. Os organismos encontrados nesta família têm uma mandíbula fundida, uma característica que é claramente visível nos cavalos-marinhos. Uma outra coisa fascinante sobre os cavalos-marinhos é que todo o seu corpo é composto de uma espécie de “armadura óssea”. Isso ocorre porque os anéis ósseos são claramente visíveis perto da cauda preênsil, que é onde o corpo do cavalo-marinho termina.
A cauda preênsil é uma característica que pode ser vista em uma variedade de mamíferos, incluindo macacos e lêmures. Na prática, esse tipo de cauda enrolada ajuda esses animais a pousar nos galhos das árvores mais facilmente e a se mover com mais destreza. Da mesma forma, a cauda preênsil do cavalo-marinho o ajuda a se apegar às algas marinhas. De certo modo, ela também pode ser considerada um mecanismo de camuflagem, pois alguns cavalos-marinhos mudam de cor e acabam ficando parecidos com a própria erva marinha!
Vale destacar que, embora os cavalos-marinhos sejam peixes, seu mecanismo de natação é muito diferente da maioria dos outros peixes. Os cavalos-marinhos são considerados nadadores “fracos” e, por conta disso, confiam na camuflagem para se proteger de predadores. Isso ocorre porque, ao contrário dos outros peixes que nadam horizontalmente, os cavalos-marinhos nadam na vertical. Essa postura incomum os expõe à resistência à água e diminui sua velocidade, o que geralmente pode ser evitado no caso dos peixes que nadam horizontalmente.
Antes de mergulharmos no processo reprodutivo seguido pelos cavalos-marinhos, precisamos entender como a reprodução dos animais em geral costuma ocorrer. Basicamente, existem duas maneiras pelas quais um animal nasce, sendo elas os fatores que dividem os animais em ovíparos e vivíparos. Organismos ovíparos põem ovos que eclodem na prole, enquanto os organismos vivíparos dão à luz seus descendentes vivos. Assim, uma vez que os indivíduos do sexo masculino se tornam sexualmente maduros, eles adquirem o potencial de fertilizar a fêmea.
No caso dos organismos vivíparos, como os humanos, o espermatozoide do homem funde-se ao óvulo da mulher, sendo que essa fusão ocorre no sistema reprodutivo feminino. Assim, a fusão das duas células resulta em uma fertilização e a célula recém-formada é chamada de “zigoto”. O zigoto se desenvolve e, após nove meses, fortes contrações ocorrem no útero, resultando na expulsão do bebê totalmente desenvolvido para fora do corpo da mulher.
No caso de organismos ovíparos, a fertilização resulta na formação de ovos. O processo inicial é um pouco semelhante aos animais vivíparos, mas após a fertilização, a célula pode desenvolver uma concha em órgãos especializados das fêmeas. A fêmea, então, libera esses óvulos e frequentemente os vigia até eles eclodirem. No entanto, em alguns animais, como os sapos, a fertilização ocorre fora do corpo da fêmea em um corpo aquático onde ela já havia liberado seus ovos.
Além disso, também podemos classificar o exemplo acima em fertilização interna e externa. Como a fusão do esperma e do óvulo nos seres humanos ocorre dentro do corpo da mulher, isso é chamado de fertilização interna. No caso dos sapos, a fertilização é externa, pois ocorre fora do corpo.
Uma coisa fascinante sobre os cavalos-marinhos é que o produtor de espermatozoides também é o indivíduo que fica “grávido”. Ou seja, por incrível que pareça, o desenvolvimento de cavalos-marinhos embrionários ocorre na barriga dos machos!
A dança de acasalamento entre cavalos-marinhos pode durar até oito horas, após as quais a fêmea deposita seus ovos na bolsa do macho. Esta bolsa é uma mera extensão de pele em cavalos-marinhos machos que é usada para abrigar os bebês em desenvolvimento. Os óvulos são então fertilizados na bolsa do macho quando o esperma é liberado. Consequentemente, as células que se formam também eclodem nessa bolsa.
Os filhotes se desenvolvem ainda mais enquanto o pai mantém a salinidade da água na bolsa nos limites favoráveis. Isso prepara os filhotes para a vida no mar, até porque eles terão que lutar para sobreviver uma vez lá fora. Com os filhotes já totalmente desenvolvidos, o macho sofre contrações musculares, semelhantes às que ocorrem no útero de uma mulher, o que resulta na expulsão dos bebês fora do corpo do macho.
Sendo assim, os cavalos-marinhos são os únicos animais nos quais o animal masculino é o responsável em dar à luz. A razão pela qual isso ocorre pode ser devido ao fato de que os filhotes dos cavalos-marinhos são presas fáceis para animais maiores. Desse modo, quando o macho dá à luz, a fêmea pode desenvolver um outro lote de óvulos a serem fertilizados, mantendo toda a cadeia reprodutiva muito mais eficaz.
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