Você provavelmente já deve ter notado que o marido da rainha Elizabeth II não é o “rei da Inglaterra”. Em vez disso, ele é referido como “príncipe Philip” (também conhecido como o Duque de Edimburgo). No entanto, quando o príncipe William (neto do casal) se tornar rei, a sua esposa Kate será reconhecida como “rainha” ou “rainha consorte” enquanto William viver.
Então, você pode se perguntar: se Kate é elegível para ser rainha, por que o príncipe Philip não pode ser elegível para ser rei? O fato de Philip ser o marido da rainha da Inglaterra não é suficiente para torná-lo o rei da nação?
Por que o príncipe Philip não é o rei Philip?
A resposta, de acordo com o site oficial da família real britânica, pode ser encontrada na lei parlamentar britânica, que determina quem será o próximo no trono e também qual o título que seu cônjuge terá. Em termos de sucessão, a lei olha apenas para o fator sanguíneo, e não para o gênero. Essa regra faz com que a árvore genealógica real pareça complicada, mas na verdade é facilmente explicada. A questão aqui é que, em termos de cônjuges da realeza, essa lei trata homens e mulheres de maneira diferente.
Na prática, as esposas dos monarcas britânicos tendem a receber o título cerimonial de rainha, ou mais especificamente, rainha consorte. Por exemplo, a mãe de Elizabeth II (também Elizabeth) se tornou rainha quando seu marido, George VI, se tornou rei. A duquesa Kate provavelmente se tornará a rainha Catarina quando William subir ao trono.
No entanto, o mesmo não acontece quando é a mulher a pessoa que possui o “sangue real”. Homens casados com a monarca britânica são conhecidos como príncipes consortes e não como “reis consortes”. Como em muitas tradições reais, você pode atribuir a este caso uma espécie de patriarcado muito antigo e poderoso. Os reis sempre devem reinar, enquanto que o título de rainha pode ser utilizado como um título simbólico.
Em outras palavras, a razão pela qual o príncipe Philip não ganha o título de rei é porque ele não é o herdeiro sanguíneo do trono britânico. Por conta disso, ele não pode ser nomeado como tal.
Coisas que você não sabia sobre o relacionamento entre a rainha Elizabeth II e o príncipe Philip
- Eles ainda são parentes. É isso mesmo! A rainha Elizabeth II e o príncipe Philip são, na verdade, primos em segundo grau, através do rei Christian IX da Dinamarca, e primos em terceiro grau através de sua trisavó, rainha Vitória. Curiosamente, Vitória se casou com seu primo em primeiro grau, o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, em 1840.
- Eles se conheceram quando Elizabeth era apenas uma garotinha. O casal foi apresentado pela primeira vez em 1934, no casamento da prima de Philip, a princesa Marina da Grécia e Dinamarca, com o príncipe George, duque de Kent (tio de Elizabeth). Na época, Elizabeth tinha apenas 8 anos. Eles se viram novamente três anos depois, mas foi durante uma reunião no Royal Naval College em Dartmouth, em julho de 1939 (quando Elizabeth tinha 13 anos e Philip tinha 18) que eles se apaixonaram e começaram a trocar cartas.
- O pai de Elizabeth deu sua bênção pelo casamento sob uma condição. Philip pediu ao rei George VI a mão de sua filha em casamento em 1946 e o rei concedeu sua permissão sob a condição de que um compromisso formal fosse adiado até Elizabeth completar 21 anos em abril do ano seguinte. Ele e sua esposa, a rainha Elizabeth I, sentiam que a filha deles era “muito jovem” e estavam inseguros em ver sua filha querer se casar com o primeiro homem que havia conhecido.
- O noivado deles veio com um pouco de controvérsia. O noivado de Philip e Elizabeth foi anunciado oficialmente em julho de 1947, mas muitos dos conselheiros do rei não o consideravam “bom o suficiente” para Elizabeth, pois ele era estrangeiro, não tinha dinheiro e todas as suas três irmãs haviam se casado com príncipes alemães (alguns até com laços nazistas).
- Philip abandonou seus títulos reais antes de se casar com Elizabeth. Nascido como príncipe Philip da Grécia e da Dinamarca, Philip renunciou a esses títulos em 1947, na tentativa de obter uma cobertura favorável da mídia para se “misturar” um pouco mais à família de sua noiva. Na ocasião, ele também deixou de ser membro da Igreja Ortodoxa Grega para se converter ao anglicanismo.
- Alguns membros da família não foram permitidos no casamento. Como havia se passado apenas dois anos após o término da Segunda Guerra Mundial, não seria interessante para ambos ter os membros da família alemã de Philip (incluindo suas irmãs) como pessoas convidadas para o casamento. Curiosamente, o tio de Isabel, o ex-rei Eduardo VIII, também não foi convidado, pois havia abdicado do trono em dezembro de 1936.
- Eles começaram uma família rapidamente. Elizabeth deu à luz o primeiro filho do casal, o príncipe Charles, em 14 de novembro de 1948, quase um ano após o dia do casamento. Eles deram as boas-vindas a uma filha, a princesa Anne, dois anos depois.
- Eles nem sempre moraram com seus filhos. Entre 1949 e 1951, o príncipe Philip esteve em Malta enquanto servia como oficial da Marinha Real. Na ocasião, ele e Elizabeth viveram em Villa Guardamangia, a casa alugada de seu tio Lord Mountbatten, por vários meses seguidos. Durante esse período, seus dois filhos pequenos, o príncipe Charles e a princesa Anne, ficaram na Grã-Bretanha.
- Philip foi o portador das más notícias após a morte do rei Jorge VI. Quando o pai de Elizabeth faleceu após uma longa luta contra um câncer de pulmão em 1952, ela e Philip haviam acabado de embarcar em uma excursão real pela Austrália e Nova Zelândia, com direito a uma parada no Quênia. De fato, eles estavam em sua casa no Quênia, o assentamento Sagana State Lodge, quando as notícias da morte de George chegaram a eles. Foi Philip quem disse a Elizabeth que seu pai havia morrido e que ela seria a rainha a partir de então.
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