Você se lembra daqueles dias de infância em que você provavelmente tinha medo de fantasmas e bruxas? Por causa disso, bastava alguém dizer algo assustador para deixá-lo cheio de receios. No entanto, quando a idade adulta se instala, uma palavra muito diferente se torna capaz de dar arrepios nas pessoas, especialmente naquelas que gostam de ficar informadas sobre o que acontece na economia. Estamos falando da “recessão econômica”.
De certo modo, até mesmo uma simples menção da palavra “recessão” já é mais que suficiente para fazer milhões de pessoas se preocuparem com seus empregos e o futuro de suas famílias. Mas, afinal de contas, o que é uma recessão econômica? E como isso afeta a nossa vida na prática?
Os altos e baixos de qualquer economia são naturais e dificilmente costumam ser perturbadores. Por outro lado, uma recessão pode ser caracterizada por um longo período de declínio em uma determinada economia. A maioria dos analistas considera que uma determinada economia está em recessão se isso resultar em um declínio no Produto Interno Bruto (PIB) real do país em questão por dois ou mais trimestres consecutivos.
No entanto, várias organizações voltadas às análises econômicas, incluindo o National Bureau of Economic, costumam adotar uma visão ainda mais ampla para incluir um declínio generalizado e significativo da atividade econômica que dura vários meses. Na prática, a diferença é que esse tipo de visão também inclui, além do encolhimento do PIB, a queda de certos fatores como renda, emprego, produção industrial e até mesmo vendas no varejo.
Uma recessão pode ocorrer de várias formas e tamanhos possíveis, sendo algumas mais longas, outras mais curtas, outras prejudiciais a longo prazo, outras rapidamente esquecidas, algumas afetando todos os setores da economia e outras mais direcionadas para determinados setores. No entanto, qualquer que seja o tipo, o fato é que uma recessão sempre costuma resultar em um um período destrutivo para as economias afetadas.
Mas, ainda que praticamente todo mundo já esteja ciente de que a recessão é uma coisa muito ruim, compreender as suas causas tem sido uma área particularmente desafiadora de pesquisa no campo da economia. Ainda assim, os registros históricos apontam para alguns culpados principais, incluindo uma economia de superaquecimento que acelera a inflação de preços, bolhas financeiras e de ativos e choques externos que afetam a economia.
Em uma economia em crescimento, a demanda por bens e serviços também costuma estar em constante evolução. Com a demanda crescente, as indústrias empregam mais pessoas e recursos para produzir e fornecer esses bens.
Até aí tudo bem, não é mesmo? O problema é que, gradualmente, a demanda pode começar a crescer mais rapidamente do que a capacidade de produção que a economia pode suportar, criando um hiato de oferta e demanda com uma demanda maior que a oferta. Isso leva à inflação, ou seja, a um aumento nos preços.
Quando uma nação atinge todo o seu potencial de emprego e recursos, a oferta de bens tende a começar a estagnar. Assim, o superaquecimento da economia é o termo usado para descrever o tipo de caso em que a demanda supera a oferta, ultrapassando (e muito) as capacidades máximas dos recursos de uma economia. De fato, o superaquecimento só pode ser mantido sob controle por um breve período antes de levar a uma desaceleração prejudicial da economia.
Consequentemente, as pessoas acabam descobrindo que os bens não valem seus preços e reduzem os gastos com eles. Isso reverte o ciclo de crescimento. Assim, as vendas diminuem como consequência da demanda reduzida e as empresas param de se expandir. Na prática, isso leva as indústrias a demitir um grande número de funcionários, de modo que, quando as pessoas perdem seus empregos, elas reduzem ainda mais os seus gastos, o que significa que a demanda diminui ainda mais em um ciclo vicioso.
Os seres humanos são gananciosos, de modo que é exatamente essa ganância que alimenta a formação das bolhas de ativos (também conhecidas como “bolhas especulativas”). Uma bolha de ativos ocorre quando o preço de um determinado ativo (como ouro, ações, imóveis, entre outros) sobe rapidamente em um curto período de tempo. No entanto, como qualquer outra bolha, sempre chega um ponto no qual ela estoura, causando todo um caos financeiro. Mas, o que causa as bolhas de ativos?
Na prática, isso geralmente ocorre quando um determinado ativo começa a se tornar popular entre investidores experientes. Com a crescente popularidade desse ativo, investidores menos experientes também começam a investir nesse ativo. Gradualmente, as pessoas começam a ouvir sobre o ativo em todos os lugares (na mídia, entre amigos e colegas), de modo que até os “vizinhos irritantes” podem começar a falar sobre isso! Assim, todo mundo passa a querer uma parte da ação e começa a comprá-la, apesar do preço ultrajante.
Durante uma loucura comercial dessa natureza, as pessoas ficam dispostas a pagar grandes somas de dinheiro para adquirir um ativo tão popular, mesmo que seu preço tenha aumentado muito mais do que seu valor real. O problema é que em um determinado momento as pessoas passam a perceber o erro, e como tudo isso se trata de uma bolha, ela acaba estourando. Desse modo, as pessoas param de comprar o ativo repentinamente e sua demanda cai, levando consigo toda a estabilidade financeira.
Por último, vale destacar que, às vezes, as recessões também podem ser desencadeadas por eventos externos negativos totalmente inesperados para a economia, o que por sua vez acaba interrompendo o crescimento. Esses choques adversos geralmente vêm com muito pouco aviso e são quase impossíveis de prever, diferentemente do superaquecimento ou das bolhas, que são mais graduais e mensuráveis.
Além disso, é preciso deixar claro que existe uma certa diferença entre recessão e depressão financeira. No caso da depressão, os efeitos destrutivos para a economia são ainda mais agudos e mais duradouros. Ou seja, basicamente, uma depressão é simplesmente uma recessão mais longa e ruim.
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