Independente de você já ter viajado para o exterior ou não, você já deve saber muito bem o quão difícil pode ser tentar se comunicar com estrangeiros sem o poder das palavras. É por isso que, em nosso mundo globalizado, onde as viagens internacionais são cada vez mais comuns, aprender mais de um idioma acaba sendo uma grande vantagem.
Existem cerca de 6.500 idiomas falados no mundo, variando desde línguas faladas por mais de um bilhão de pessoas (mandarim) a idiomas falados por menos de 1.000 pessoas em áreas remotas do nosso planeta. Como aprender essa quantidade de idiomas é algo inviável, muitas pessoas que buscam expandir suas habilidades linguísticas geralmente ficam focadas em aprender apenas os idiomas “mais fáceis”. No entanto, isso não é tão simples quanto parece!
No caso do Brasil, muitas pessoas optam por aprender a língua espanhola por considerá-la mais fácil do que outros idiomas, como o inglês e o francês. Mas, afinal de contas, por que alguns idiomas são mais fáceis de aprender que outros? O que faz com que uma língua seja difícil de dominar? São essas as perguntas que vamos abordar ao longo desse post!
Como você provavelmente já ouviu falar, pesquisadores já descobriram que é mais fácil adquirir habilidades de linguagem quando criança do que quando adulto. Além disso, é muito mais fácil para uma criança aprender um segundo idioma, principalmente antes dos 7 ou 8 anos de idade, do que aprender o mesmo idioma secundário mais tarde na vida. A razão para esta vantagem infantil é a plasticidade do cérebro, que se resume a sua flexibilidade e adaptabilidade.
Basicamente, durante os primeiros anos de vida, nosso cérebro processa uma quantidade incrível de insumos e estímulos à medida que “aprendemos” sobre o mundo. Assim, podemos dizer que o cérebro é como uma esponja capaz de absorver conhecimento através do fortalecimento das vias neuronais. Na prática, isso torna o código da linguagem um pouco mais fácil de decifrar quando somos jovens.
Através da observação, escuta, imitação e repetição, as crianças são capazes de começar a falar em sua língua nativa nos primeiros 12 a 18 meses de vida. As zonas do cérebro envolvidas neste processo incluem as áreas de Broca e Wernicke, incluindo partes dos lobos temporal e parietal. Na prática, essas regiões decifram o significado sintático, semântico e o nível de sentença do que ocorre na comunicação.
É por conta disso que, ao aprender um segundo idioma durante esses primeiros anos, o cérebro tende a apresentar uma maior flexibilidade ao absorver o conhecimento linguístico adicional. No entanto, depois que passamos da infância, o funcionamento do cérebro apresenta certas alterações, solidificando nossas vias neuronais e consequentemente dificultando a aquisição de uma nova língua.
Além de nossas limitações físicas e cognitivas na aquisição de novos idiomas quando envelhecemos, muitas pessoas assumem que algumas línguas são inerentemente mais difíceis de aprender do que outras, mas na verdade isso é bastante relativo. Mais especificamente, a dificuldade de aprender um segundo idioma está diretamente relacionada ao grau de semelhança com o seu primeiro idioma e aos caminhos lógicos, semânticos e sintáticos que o seu cérebro já estabeleceu.
Por exemplo, se você é um falante nativo de português, a ideia de aprender japonês ou mandarim pode parecer um enorme desafio. No entanto, se você é um falante nativo de vietnamita, aprender chinês pode ser mais intuitivo, pois ambos os idiomas apresentam semelhanças. Da mesma forma, um falante de russo pode ter dificuldade em aprender francês ou alemão, mas aprender ucraniano como segunda língua seria bastante simples, já que o ucraniano e o russo pertencem ao ramo eslavo oriental da família de línguas indo-europeias.
Ou seja, aprender idiomas que fazem parte da mesma família é geralmente considerado muito mais fácil, até porque eles provavelmente compartilham alguns fundamentos entre si, como cognatos (palavras com uma origem compartilhada que geralmente parecem ou soam iguais), regras de gramática e conjugação, tonalidade, gênero, formalidade, etc.
De fato, as semelhanças entre o português e o espanhol ocorrem por conta do fato de que ambos os idiomas fazem parte da família das línguas românicas, também conhecidas como “línguas latinas”.
Se você está tentando aprender um novo idioma que possui características muito diferentes da sua língua nativa, especialmente em relação aos elementos linguísticos básicos citados anteriormente, você realmente vai precisar se esforçar para ficar fluente. No entanto, é a tonalidade da linguagem a característica que é frequentemente considerada o obstáculo mais difícil de superar.
Por exemplo, em idiomas como o vietnamita, o tailandês, o mandarim ou o zulu, o significado ou o próprio uso das palavras podem diferir com base no tom e no movimento de cada sílaba. Em outros idiomas, a colocação de sotaque em uma palavra também pode mudar seu significado. Desse modo, pode ser difícil dominar essas nuances para as pessoas cujo primeiro idioma é atonal (como no caso do inglês e francês).
Além disso, idiomas “menores” (aqueles que têm menos complexidade de vocabulário) tendem a confiar mais em tonalidade e inflexão, enquanto idiomas “maiores” costumam ser mais fáceis de reunir em um modelo baseado no posicionamento e no vocabulário de palavras, como um quebra-cabeça. Por exemplo, no mandarim, você pode usar a mesma palavra e pronunciá-la de seis maneiras diferentes para produzir seis significados diferentes. Já no nosso português, muitas vezes há seis palavras diferentes para expressar as mesmas ideias.
Com tudo isso em mente, podemos dizer que, embora cada idioma seja único em seus próprios aspectos, a ideia de um idioma ser “mais fácil” ou “mais difícil” de aprender do que outro é algo que deve ser completamente baseado na língua nativa da pessoa. Assim, a facilidade ou dificuldade de aprender um idioma depende do idioma que você já sabe falar e não de um “ranking” objetivo de dificuldade linguística.
Desse modo, para entender quais idiomas serão os mais acessíveis para você como aluno, observe as principais famílias de idiomas, especialmente a família da sua língua nativa. Embora isso pareça ser um tanto assustador, o fato é que o aprendizado de idiomas pode ser um hobby para toda a vida!
E você, já sentiu dificuldades ao tentar aprender um novo idioma? Compartilhe o post e deixe o seu comentário!
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