Curiosidades

O que são os feromônios e por que os animais os usam?

No caso dos seres humanos, telefones celulares, wifi, serviços postais e uma infinidade de outras ferramentas técnicas ajudam na comunicação, o que faz com que a maioria das pessoas imagine que os animais geralmente são privados dessas ferramentas. Bem, de certa forma, eles são, mas ao longo desse artigo, você descobrirá outra maneira legal e relativamente incomum dos animais sinalizarem e se comunicarem entre si: os feromônios.

Em termos simples, os feromônios são substâncias químicas secretadas por vários animais. Eles são usados para sinalização e comunicação entre membros de uma mesma espécie. A maioria dos feromônios é detectada pelo olfato do animal receptor. Por isso, da próxima vez que vir uma formiga carregando um grão de arroz por um determinado caminho, considere que a formiga em questão certamente está seguindo uma trilha de perfume!

Ao longo deste artigo, nós vamos explorar alguns detalhes que ajudam a explicar melhor toda a natureza por trás dos feromônios.

Por que os animais usam feromônios?

Os feromônios são substâncias químicas produzidas por criaturas que conseguem provocar uma mudança comportamental nos outros membros da mesma espécie. Em outras palavras, os feromônios fazem aos animais exatamente o que os sinais de trânsito fazem aos motoristas humanos em uma rodovia, ou seja, eles sinalizam uma determinada ação. Assim, é provocada uma mudança fisiológica no corpo do animal, o que faz com que a criatura se comporte de uma certa maneira.

Você pode nunca ter ouvido essa palavra antes, mas os feromônios são, na verdade, uma das coisas mais cruciais na estratégia de sobrevivência de alguns animais. Você já viu um cachorro fazendo xixi regularmente em torno de uma árvore, ou até mesmo de um poste? Pois bem, essa é a maneira preferida de “marcar seu território” por parte dos nossos amigos caninos.

O lince canadense é um outro animal que deixa seu perfume nas árvores ao urinar nelas, desempenhando um papel importante na comunicação. Os cientistas também já observaram que as marcas de cheiro dos leões também são capazes de indicar seus territórios, condição física e estado reprodutivo, além de suas individualidades.

Isso nos leva à conclusão de que os animais usam aromas e feromônios para marcar seus territórios, mostrar sua prontidão para acasalar, atrair presas, afastar predadores e também desenvolver vínculos neonatais. A substância mais básica utilizada para esses fins é a urina, pois apresenta um cheiro muito forte. É exatamente por conta disso que muitos animais têm glândulas de cheiro situadas na face ou perto de seus órgãos reprodutivos.

Como os feromônios funcionam na prática?

Para entender melhor a resposta para essa pergunta, vamos fazer o uso de um exemplo de dois ratos. Por uma questão de conveniência, rotularemos o rato que secreta os feromônios como Rato A, enquanto que o rato para o qual os feromônios foram secretados será o Rato B. O Rato A é considerado o originador, pois produz o perfume se um predador for detectado. Em tal situação, o feromônio vai alarmar o Rato B, que poderá tomar ações de acordo com a natureza do feromônio. Assim, o rato B é considerado o receptor.

Nos mamíferos, os feromônios também são usados para marcar bebês recém-nascidos. Isso geralmente ocorre através dos feromônios no leite materno. Por exemplo, quando um bezerro (um receptor) consome esse leite pela primeira vez, os feromônios secretados os ajudam a identificar sua mãe. Portanto, mesmo que você mantenha o bezerro próximo a outras fêmeas, ele poderá identificar com êxito a sua própria mãe. Como tal, a mãe é considerada a originadora.

Os animais podem secretar múltiplos feromônios?

Em muitos animais diferentes, há uma variedade de feromônios que eles podem usar. Vamos considerar os cães, como um bom exemplo disso. Quando as fêmeas estão no cio, elas emitem um feromônio específico que anuncia a sua disponibilidade para acasalar. No entanto, quando um cão deseja marcar seu território, ele o fará urinando em seus domínios. Portanto, pode-se dizer com razão que, para reprodução e marcação territorial, feromônios separados são secretados, uma vez que geram respostas muito diferentes nos receptores.

É importante deixar claro que a volatilidade dos feromônios depende de por que eles estão sendo secretados. Por exemplo, a volatilidade de um feromônio alarmante apresenta uma maior magnitude, enquanto que a volatilidade de um feromônio de marcação de território é baixa, o que ajuda a refazer caminhos e marcar domínios com mais eficácia.

A coisa mais interessante sobre os animais é que sempre há algo novo para descobrir, não importa o quanto você aprenda. Isso certamente é verdade quando se trata de feromônios, até porque, quem diria que os aromas poderiam servir como um método de comunicação tão eficaz para uma variedade tão grande de vida neste planeta? É por isso que, dos insetos aos seres mamíferos, os feromônios são os principais agentes da comunicação em todo o reino animal.

Existem feromônios humanos?

Embora os feromônios sejam muito bem definidos entre outros membros do reino animal, a presença de tais moléculas nos seres humanos permanece controversa. De fato, a ciência tem debatido há muito tempo sobre a hipótese da existência de feromônios nos seres humanos, mas até hoje não é possível chegar a uma conclusão plausível.

Alguns cientistas já observaram que a secreção de glândulas areolares nos mamilos de uma mãe que amamenta pode induzir uma resposta de sucção no seu bebê, ou até mesmo em uma criança que não seja a sua. Por outro lado, é perfeitamente possível que os feromônios não estejam envolvidos no comportamento sexual humano, pois somos animais tão complexos que outras pistas e sinais podem ter evoluído para substituí-los.

Ainda assim, alguns produtos vendidos na Internet prometem servir como feromônios capazes de atrair pessoas do sexo oposto. No entanto, a venda desses produtos (que geralmente se resumem a perfumes) não possui qualquer evidência científica para suportar a sua eficácia.

Quando se trata de produtos desse tipo, o principal “ingrediente ativo” neles é provavelmente a “confiança” de quem os compra, servindo como uma espécie de efeito placebo. Por exemplo, se você gastou R$ 100 em um “perfume com feromônios”, você poderá abordar um interesse amoroso com mais confiança. Sendo assim, esses produtos até podem “funcionar” por uma questão de elevação da autoestima, mas não por causa do seu conteúdo propriamente dito.

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