Qualquer tipo de debate sobre as melhores equipes da história da Fórmula 1 sempre trará opiniões diferentes e causará controvérsias. Algumas equipes são esquecidas, outras são subestimadas e outras são superestimadas, o que geralmente contribui para a formação de debates acalorados entre os fãs do esporte a motor.
De certo modo, isso também não muda muito quando a discussão gira em torno das piores equipes da história da categoria. É quase certo que nem todos concordam com muitos nomes, ainda mais quando você tem mais candidatos do que lugares em uma lista.
Mas, ainda assim, resolvemos listar aquelas que provavelmente foram as cinco piores equipes de Fórmula 1 de todos os tempos se levarmos em conta seus resultados e pretensões. Você vai ver que já existiu muito time ruim correndo pelas pistas mundo afora. Confira!
Em 2010, o então presidente da FIA, Max Mosley, abriu espaço para três novas equipes no grid. A condição era que, desde que pudessem restringir seu orçamento a US $ 40 milhões por ano, elas poderiam participar. O problema é que, embora essa quantia possa parecer demais para você e para mim, esse valor era muito pequeno para as demandas da F1 da época.
Mesmo assim, três equipes aceitaram a oferta: Lotus/Caterham, Virgin e Hispania Racing Team (HRT). Esta última nasceu como uma aliança entre o ex-piloto Adrián Campos e o empresário Alejandro Agag (o homem por trás do sucesso da Fórmula E). O problema é que não demorou muito para ficar claro que a HRT era simplesmente a pior de todas as novas equipes.
Ao longo dos três anos de operação, as evoluções nos carros da HRT foram pequenas, até porque as peças de reposição eram escassas devido aos problemas financeiros do time. Em 2012, e a única esperança de José Ramón Carabante, proprietário da equipe naquele momento, era vender o time a supostos investidores árabes que nunca vieram. A HRT fechou as portas em 2012 tendo um mísero 15º lugar como seu melhor resultado na Fórmula 1.
O carro amarelo da equipe estreou no Grande Prêmio da Itália de 1987 com um motor Cosworth. O time competiu na Fórmula 1 até o Grande Prêmio da Austrália de 1991 e tentou se qualificar para 82 corridas, conseguindo figurar no grid em apenas 14 ocasiões. Entre todas essas oportunidades, o carro conseguiu finalizar a prova apenas quatro vezes.
Os problemas da Coloni eram tão crônicos que nem mesmo uma ligação com a Subaru em 1990 foi capaz de ajudar a equipe a ser menos desastrosa. No final de 1991, os ativos da equipe foram vendidos para a Andrea Moda, que não se saiu melhor. De fato, a Andrea Moda conseguiu ser ainda pior, sendo justamente a próxima equipe da nossa lista.
Outra equipe italiana a fracassar na década de 90, a Andrea Moda tentou correr 12 vezes, mas conseguiu participar da corrida apenas no GP de Mônaco de 1992. Na verdade, a equipe já começou a sua história em meio a controvérsias, especialmente quando o dono da Andrea Moda, Andrea Sassetti, resolveu não pagar a taxa de inscrição do time no campeonato. O empresário protestava dizendo que a Andrea Moda era uma “Coloni rebatizada”, mas ainda assim a FIA obrigou Andrea a pagar a taxa.
Ao longo de sua curta história, a Andrea Moda se envolveu em uma série de incidentes que renderam uma das mais folclóricas aventuras da história da categoria, incluindo brigas internas e até mesmo problemas com quebras inexplicáveis do motor poucos metros depois do carro sair da garagem.
Em agosto de 1992, Andrea Sassetti foi preso no paddock por supostamente emitir notas falsas e a Andrea Moda foi impedida de participar do GP da Itália, desaparecendo da Fórmula 1 para sempre.
Apesar de ter um nome que significa “vida”, a equipe Life foi um desastre total e morreu melancolicamente. Usando seu próprio motor W12 de 3,5 litros, a equipe italiana tentou se classificar para 14 corridas na temporada de 1990, mas não conseguiu fazer parte do grid da Fórmula 1 em nenhuma das tentativas.
O motivo do fracasso? Bem, o carro era pesado, lento, pouco confiável e sequer era mais rápido que um carro de Fórmula 3. Para piorar a situação, os mecânicos não demoraram para entrar em greve quando perceberam que não teriam seus salários pagos normalmente. A equipe finalmente se retirou do campeonato faltando duas corridas para o fim da temporada e nunca mais foi vista.
O que falar de uma equipe que durou apenas um mês? Depois de vários anos fornecendo chassi para equipes na Fórmula 1, a Lola decidiu criar o seu próprio time para a temporada de 1998. No entanto, as pressões comerciais por parte da Mastercard, principal patrocinadora do projeto, fizeram com que a equipe estreasse um ano antes, já na primeira etapa do campeonato, o Grande Prêmio da Austrália de 1997.
O problema é que o motor V10 do carro não havia sido finalizado a tempo e, por conta disso, o carro denominado T97/30, que por sinal tinha uma decoração bem extravagante, teve que usar um motor Ford V8 com pouca potência. No entanto, o motor sequer era o maior dos problemas. A pior falha do carro estava na sua parte aerodinâmica, o que não era nenhuma surpresa, considerando que a equipe sequer havia utilizado um túnel de vento durante a concepção do projeto.
O italiano Vincenzo Sospiri e o brasileiro Ricardo Rosset assinaram contrato para correr em Melbourne, mas logo na qualificação os carros da Mastercard Lola mostraram que eram realmente péssimos, chegando a ficar até 13 segundos mais lentos que o ritmo normal da sessão. Por causa de toda essa lentidão, a equipe não conseguiu se classificar para a corrida. A Mastercard Lola se retirou da Fórmula 1 logo depois e os carros da equipe nunca mais foram vistos nas pistas.
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