As lâmpadas de lava são projetadas para servirem como luminárias decorativas na forma de um tubo. Muito provavelmente, você já deve ter visto uma lâmpada de lava antes, mesmo que tenha sido apenas na televisão ou em uma revista. Devido ao seu mecanismo fascinante, muitos se perguntam como elas são feitas e como elas funcionam, especialmente porque o que há dentro dessas luminárias parece ser um grande mistério.
Não é necessariamente uma surpresa o fato de que tão poucas pessoas tenham uma ideia clara do que há dentro de uma lâmpada de lava, afinal de contas, os fabricantes são notoriamente reservados quanto as suas “receitas ultrassecretas”. No entanto finalmente chegou a hora de respondermos a essa pergunta de uma vez por todas!
Este artigo irá explorar profundamente o mundo dessas luzes de movimento líquido para ajudar a determinar do que essas luminárias são feitas, na esperança de espalhar a conscientização sobre esse produto que você pode estar planejando comprar ou que já pode ter em sua casa.
Em uma entrevista ao Business Insider, Bryan Katzel, vice-presidente de desenvolvimento de produtos da fabricante de lâmpadas de lava Schylling, disse que o líquido base de aparência aquosa presente nessas luminárias é uma mistura de água, corante colorido e produtos químicos que impedem a formação de fungos.
O outro ingrediente, que forma as bolhas de aparências psicodélicas que mudam lentamente e flutuam ao redor da lâmpada, é composto principalmente de cera. No caso específico das lâmpadas de lava produzidas pela Schylling, a cera em questão é a parafina, uma cera à base de petróleo que é comumente encontrada em velas e produtos cosméticos. Como a cera e a água têm densidades diferentes, elas não se misturam e promovem um efeito muito bonito quando são acompanhadas de luzes e corantes.
No entanto, é importante deixar claro que nem todas as fabricantes de lâmpadas de lava fazem o uso da cera de parafina. Na verdade, esse ingrediente pode ser qualquer coisa, desde que atenda a certos critérios necessários para o produto funcionar adequadamente. Mais importante, o produto tem que ser insolúvel em água, por razões óbvias. Além disso, ele também deve ser mais viscoso e pesado, sem falar que também não pode ser inflamável e nem reativo.
Embora seja um “segredo”, acredita-se que o líquido transparente encontrado nas lâmpadas de lava convencionais é geralmente composto de água misturada com álcool isopropílico. Além da cera, o óleo mineral é comumente usado para o líquido contrastante. Outros ingredientes podem incluir álcool cinamílico, salicilato de etila, ftalato de dietila e álcool benzílico.
Se você já deixou cair óleo em algum recipiente com água, provavelmente deve ter notado que os líquidos com densidades diferentes geralmente acabam se assentando em camadas claramente definidas. Então, por que o material contrastante de uma lâmpada de lava parece enfrentar uma certa dificuldade para “decidir” onde quer ficar? Bem, é aqui que a “magia da lava” entra em cena.
Geralmente, como a cera é menos densa que a água, ela simplesmente fica na parte de cima, mas nas lâmpadas de lava, o líquido à base de água é misturado com uma combinação secreta de produtos químicos que conferem uma densidade semelhante à da cera. Assim, quando a lâmpada é desligada, a cera fica um pouco mais densa que a água e descansa na parte inferior da lâmpada. Quando você liga a lâmpada, a base da luminária aquece a cera, fazendo com que ela se expanda, perca densidade e suba através da lâmpada.
O mais interessante de todo esse processo é que, quando a lava chega ao topo, ela esfria, contrai e começa a voltar ao fundo, onde continuará repetindo o mesmo processo até você puxar o plugue da tomada.
Como já foi dito anteriormente, ninguém conhece a fórmula exata das lâmpadas de lava, até porque isso é sempre mantida em segredo. A coisa fica ainda mais complexa porque as fabricantes dessas luminárias costumam alterar os tipos de fluidos de seus produtos. Desse modo, é possível encontrar lâmpadas disponíveis em vários tamanhos, formas e cores.
O modelo original é ainda o mais popular e fabricado nos dias de hoje, consistindo em lâmpada que possui uma base dourada com orifícios perfurados para simular a luz das estrelas. O inventor Craven Walker sempre recebeu os créditos pela criação da lâmpada de lava, embora acredita-se que ele tenha visto o protótipo do produto em um bar. A versão original foi feita usando uma coqueteleira e uma variedade de outras coisas, sendo que, ao ver o objeto, Walker decidiu comprar o protótipo para produzi-lo em maior escala.
Ao longo dos anos, ocorreu o surgimento de uma variedade de variações interessantes dessas lâmpadas. Por exemplo, uma lâmpada de lava que continha flores de plástico fez bastante sucesso em várias partes do mundo. Já a Continental Lava Lite era um modelo sem fio que usava uma vela para aquecer a lava, pois não precisava de eletricidade para funcionar.
Primeiramente, nunca tente sacudir a sua lâmpada de lava. O óleo usado nas lâmpadas de lavas geralmente age como um silicone ou algo semelhante e, portanto, é um tanto frágil. Embora a agitação não cause nenhum dano ao vidro, o material contrastante pode ficar muito pesado e não se separar adequadamente, fracassando na hora da formação das bolhas.
A boa notícia é que existem maneiras de consertar uma lâmpada de lava “agitada”. Portanto, se isso acontecer com você, saiba que ainda há esperança, basta pesquisar tutoriais on-line sobre o assunto. Ainda assim, tente mantê-la fora do alcance de crianças e em uma superfície plana e estável para evitar quaisquer problemas.
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