Os portais sobre cultura pop e cinema encheram a internet de informações e notícia sobre o enfim lançamento do Liga da Justiça – Snyder Cut pela Warner Bros. Muitas pessoas estão muito feliz com isso, mas existem também aquelas que estão bem incomodadas. Mas tanto o anúncio quanto o lançamento oficial desta versão de diretor que foi tão solicitada, pode significar uma grande mudança na forma de se fazer e de se consumir cinema em relação a como se faz nos dias de hoje.
Para explicar o Snyder Cut é preciso voltar um pouquinho na história do universo cinematográfico da DC. Antes de todos estes filmes interligados, Zack Snyder era um diretor bastante conceituado no que se dizia respeito a adaptações de quadrinhos. Isso porque foi ele o responsável pelas adaptações de 300 e Watchmen. Então a DC o convidou para encabeçar o projeto de seu universo compartilhado. E foi assim que se deu. Snyder dirigiu Homem de Aço e foi um filme que já dividiu as pessoas, mas, num todo, teve um bom saldo, não foi considerado um filme de todo mal. Porém, deram-se início às interferências da produção.
A DC e a Warner queriam apresentar mais personagens com menos filmes e, por isso Batman V Superman chegou as cinemas com a missão de unir os três principais membros da Liga da Justiça: Superman, Batman e Mulher-Maravilha. Além de criar a relação com o Lex Luthor e trazer o vilão Apocalypse. Então, no fim das contas, o filme possuía muita responsabilidade e, por consequência, trouxe muita informação de uma só vez de forma corrida. E isso já desagradou ainda mais os fãs.
Foi quando Snyder anunciou que dividiria o filme da Liga da Justiça em duas partes. A intenção era fazer a introdução do grupo em um primeiro filme para preparar para o segundo tendo como vilão o Darkseid.
O problema maior aconteceu durante a produção do primeiro filme da Liga da Justiça. Após tudo ter sido filmado e o filme já estar na pós-produção, Zack Snyder passou por uma tragédia em sua família, pois sua filha havia cometido suicídio. Por causa disso, ele precisou ser afastado da produção do filme. Foi então que a DC e a Warner resolveram adiantar as coisas e contrataram Joss Whedon para finalizar o filme e mudar a atmosfera do filme que estava sombrio para algo mais descontraído, tipo Marvel. O resultado? O filme lançado ao final das contas foi um verdadeiro Frankenstein. Fora o bigode do Henry Cavill, que já estava na produção de Missão Impossível: Efeito Fallout e não poderia tirar o bigode. E, por isso, precisou-se de CGI para a remoção virtual do bigode, que não ficou boa.
Por causa da grande insatisfação com o filme lançado pela DC, a empresa acabou por cancelar seu universo compartilhado. Mas, Zack Snyder começou a divulgar cenas e imagens de como seria a sua versão do filme e afirmando que existe o seu corte do filme e que ele poderia ser lançado. Portanto, deu-se aí a campanha “Release The Snyder Cut”. Fãs, membros da produção, atores e afins entraram na campanha para que a Warner lançasse a versão de Zack Snyder. Por muito tempo isso aconteceu até que, no final de maio foi finalmente anunciado que o Snyder Cut seria lançado por meio da HBO Max. Mas e aí? Quais as consequências disso?
Bom, agora, após esta longa e absurda história sobre como se deu tudo ao redor do Snyder Cut, para a DC existem dois caminhos a serem seguidos. E o caminho escolhido depende da possibilidade de reunir novamente os membros da produção, especialmente os atores e, é claro, da aceitação do público. O primeiro caminho, que seria o mais fácil, seria apenas lançar essa versão do Zack Snyder e ficar por isso mesmo. Afinal de contas, o pedido do público já teria sido aceito, a Warner ganharia dinheiro pelas assinaturas do serviço de streaming da HBO Max e o cineasta teria tido sua chance de mostrar que sua versão era boa. Mas se esse for o caminho escolhido e o público gostar mesmo, eles vão querer mais e saber o final de tudo.
E isso nos leva à segunda possibilidade: retomar a produção. Caso o público goste do que ver na versão de Snyder que será lançada, a Warner pode tentar retomar o projeto, mas de formas diferentes, como manter como uma série e, assim, poder diminuir o orçamento e fazer como um universo secundário da empresa, como as séries da CW. Mas para isso depende dos membros da equipe quererem retornar ao projeto e isso inclui atores que, após tudo isso, podem não estar muito interessados em manter o papel. Como é o caso do Ben Affleck que viveu o Batman.
Já no mundo do cinema as consequências para este lançamento são um pouco mais perigosas. Isso porque a divulgação de uma versão de diretor que não foi necessariamente permitida pelo estúdio, mas sim, clamada pelo diretor e pelo público, abre um precedente. O que isto significa? Significa que qualquer outro filme que for lançado e não atender as expectativas do público, o diretor que sentir que foi prejudicado pelo estúdio ou pela produção, pode afirmar que sua versão é melhor e o estúdio ser obrigado a lançá-la. E não são poucas as vezes em que o diretor precisa se adaptar às exigências do estúdio. Neste exato momento, o diretor David Ayer está movimentando a internet para que se inicie a campanha pelo “Ayer Cut” de Esquadrão Suicida. Afinal de contas, se a Liga da Justiça pode por que o Esquadrão não?
A verdade é que as consequências reais só o tempo irá dizer.
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