A essa altura, você já deve saber que o Monte Everest é a montanha de maior altitude da Terra. De fato, muitos alpinistas enfrentam grandes dificuldades em retornar com segurança ao acampamento base do Everest, sendo que muitos deles até morrem no processo. Mas a questão que fica é: por que alpinistas presos no topo dos picos das montanhas não podem ser facilmente resgatados por helicópteros? Bem, na prática, isso ocorre porque é muito difícil pousar um helicóptero no Monte Everest!
Em suma, a razão pela qual muitas operações de resgate não podem ser realizadas por helicópteros é bastante simples: a maioria dos helicópteros não foi projetada para voar em altitudes tão elevadas. Devido ao design padrão de seus motores, tal proeza está além de sua capacidade operacional. No geral, isso inclui realizar manobras operacionais típicas, como aterrissar e pairar, em condições de alta altitude.
Para entender melhor esse assunto, nós vamos explorar os detalhes que muitas vezes impossibilitam o pouso de um helicóptero no Monte Everest. Mas, antes de entrarmos nesse assunto específico, vamos entender primeiro algumas coisinhas básicas sobre o funcionamento dos helicópteros.
De certo modo, podemos resumir o funcionamento dos helicópteros em uma palavra: sustentação. Provavelmente, você deve ouvir o termo “sustentação” em relação a helicópteros e aviões o tempo todo. Essencialmente, esta é a força que se opõe à gravidade e que, no fim das contas, ajuda a manter os helicópteros (ou qualquer objeto) no ar.
No geral, os aviões voam gerando sustentação através de suas asas. Da mesma forma, os helicópteros também precisam de sustentação para voar e pairar no ar. No entanto, a diferença é que, neste último, são os rotores (ou pás) que alcançam esse feito impressionante. Na prática, os rotores empurram o ar para baixo, permitindo que o helicóptero se mova para cima contra a força da gravidade.
Até aqui tudo ok, certo? Bem, o problema é que a sustentação gerada pelo rotor do helicóptero depende de vários fatores, sendo a densidade do ar uma deles. Em síntese, a sustentação produzida é proporcional à densidade do ar. Sendo assim, quanto maior a densidade, mais sustentação é produzida e mais confortavelmente o helicóptero pode voar.
Porém, é exatamente a partir disso que nos deparamos com os problemas enfrentados pelos pilotos que tentam pousar algum helicóptero no Monte Everest, como veremos a seguir.
A densidade do ar ao nível do mar é de 1.225 kg por metro cúbico. No entanto, à medida que você sobe acima do nível do mar, a densidade do ar começa a diminuir. É por isso que as pessoas às vezes encontram dificuldades em respirar em altitudes mais altas nas regiões montanhosas.
Consequentemente, como o Monte Everest é o pico mais alto do mundo (ele está a impressionantes 8.848 metros acima do nível do mar), a densidade do ar disponível por lá é quase um terço da que está no nível do mar. Portanto, a sustentação gerada por esse ar rarefeito também cai para cerca de um terço da quantidade de sustentação gerada em condições normais no nível do mar.
Além disso, também devemos levar em conta o fato de que, durante uma boa parte do ano, o Everest costuma apresentar ventos com força de furacão e temperaturas abaixo de zero. Na prática, essas rajadas de vento são fortes o suficiente para causar problemas com a aeronave. Para se ter uma ideia, esses ventos são capazes de lançar pedaços de gelo que podem até destruir partes da estrutura metálica do helicóptero.
Pousar um helicóptero no Monte Everest pode até ser uma tarefa muito difícil, mas não é necessariamente impossível. Como você pode ver no vídeo acima, um piloto francês chamado Didier Delsalle pousou um Eurocopter AS350 Squirrel no cume do Everest em 2005 e voltou à base depois de 3 minutos e 50 segundos.
No entanto, é preciso fazer algumas ponderações. O helicóptero que Didier Delsalle usou passou por algumas adaptações antes do voo. Além disso, tal façanha só foi possível após anos de planejamento árduo e muitas semanas de espera pelas condições perfeitas.
Vale destacar que os helicópteros capazes de fazer isso contam com motores extremamente potentes e rotores grandes, além de serem incrivelmente leves. No entanto, a fabricação desses helicópteros é muito cara e, como os requisitos operacionais da maioria dos helicópteros não exigem voos tão altos, os helicópteros regulares nunca precisaram ser projetados para adotar essas características.
Ainda assim, é interessante pensarmos que, embora as condições de alta altitude sejam desfavoráveis para os helicópteros comuns, ainda ocorrem algumas exceções.
Leia também: Como é a experiência de escalar o Monte Everest?
Leia também: A trágica história do corpo congelado no Everest que é usado como ponto de referência
Muito interessante, não é mesmo? Compartilhe o post e deixe o seu comentário!
Em 2023, as cinco raças de gatos mais populares no mundo foram: 1. **Siamês**: Conhecidos…
Existem itens que parecem ser convenientes, vantajosos ou, no mínimo, inócuos. Contudo, ao longo do…
A ideia de que o Sol poderia ter consciência própria é altamente especulativa e não…
A afirmação de que um único impacto em Marte criou 2 bilhões de crateras no…
O umbigo para dentro, também conhecido como umbigo "inny" em inglês, é simplesmente uma variação…
Claro, aqui estão informações sobre quatro animais híbridos que realmente existem: 1. **Narlugas**: Este é…
Leave a Comment