Imagine viver em um lugar onde vizinhos e familiares se acusam de bruxaria, comunidades realizam julgamentos sensacionalistas e pessoas são executadas por serem consideradas “culpadas” de praticar bruxaria. A caça às bruxas é uma parte sombria da história que transcende as fronteiras geográficas. Os famosos julgamentos de bruxas em Salem, nos Estados Unidos, de 1692 a 1693, são apenas um exemplo de uma triste realidade que se repetiu em várias partes do mundo. Aqui estão cinco dos maiores julgamentos de bruxas que ocorreram fora de Salem:
- Perseguição de Bruxas na Suíça (1428-1436): O medo e a paranoia da bruxaria tomaram conta de Valais, na Suíça, durante quase uma década. Este é um dos primeiros registros de perseguição de bruxas, e resultou na condenação de 367 pessoas, a maioria das quais eram camponeses, sendo que um terço eram mulheres. Muitos foram queimados vivos.
- Influência do Rei Escocês (1589-1707): Após uma experiência aterrorizante em uma tempestade, o rei James VI da Escócia acusou bruxas da cidade escocesa de North Berwick. Isso levou a prisão e interrogatório de pelo menos 70 pessoas. Esse evento desencadeou uma tendência de perseguição de bruxas na Escócia, resultando na morte de cerca de 3 a 4 mil pessoas entre 1560 e 1707.
- Julgamentos Notórios na Inglaterra (1612): A situação em Pendle, na Inglaterra, foi diferente de outros julgamentos de bruxas. Após o encontro do rei James com bruxas em North Berwick, causou uma investigação em Pendle Hill, levando à condenação de 10 pessoas, incluindo Alizon Device, que confessou seu envolvimento com bruxaria. Isso resultou em enforcamentos.
- Massacre na Suécia (1675): A Suécia experimentou uma onda de paranoia sobre bruxaria no século XVII, resultando no assassinato em massa de 71 supostas bruxas em Torsaker. Este evento faz parte do “O Grande Barulho”, que levou à morte de mais de 400 pessoas.
- Caça às Bruxas na Gâmbia (2009): Em 2009, a Gâmbia testemunhou uma caça às bruxas moderna, onde cerca de mil pessoas foram sequestradas sob a acusação de serem “feiticeiros”. Essa perseguição, ordenada pelo presidente Yahya Jammeh, resultou em detenções, espancamentos e forçou as vítimas a beber um líquido ardente.
Essas histórias sombrias de julgamentos de bruxas destacam a persistência da superstição e perseguição ao longo da história e em diferentes partes do mundo. Elas servem como lembretes sombrios de como a paranoia pode levar a consequências devastadoras e cruéis.