Em 2020, pesquisadores anunciaram a descoberta de uma bactéria, Salmonella enterica, como a principal causa da epidemia de cocoliztli que devastou o Império Asteca no século XVI. A análise de DNA extraído dos dentes de indivíduos enterrados em um cemitério em Oaxaca, no México, revelou a presença da bactéria. O cocoliztli é estimado ter matado entre 5 e 15 milhões de pessoas, contribuindo significativamente para o colapso da civilização asteca durante a conquista espanhola. A confirmação científica desse evento veio quase 500 anos após a sua ocorrência.
Praga populacional
Sim, o cocoliztli foi uma praga populacional significativa que afetou os astecas no século XVI. A epidemia foi uma das principais causas da queda da população nativa das Américas após o contato com os europeus. Estima-se que entre 5 e 15 milhões de pessoas foram mortas pela doença, representando uma tragédia demográfica sem precedentes na história da região. A confirmação científica da Salmonella enterica como a causa dessa epidemia proporcionou um entendimento mais claro sobre os eventos que ocorreram durante o período da conquista espanhola nas Américas.
Origem do surto
A origem exata do surto de cocoliztli que afetou os astecas no século XVI ainda não está completamente esclarecida. No entanto, os pesquisadores têm algumas teorias sobre como a doença pode ter se espalhado e se originado.
Uma teoria é que a bactéria Salmonella enterica foi introduzida no continente americano pelos conquistadores europeus, possivelmente através de animais trazidos da Europa, como gado, porcos ou galinhas. Esses animais poderiam ter sido portadores da bactéria e infectado as populações nativas.
Outra possibilidade é que a Salmonella enterica já estivesse presente nas Américas, mas tenha se espalhado e se tornado mais virulenta devido às condições de contato entre os europeus e os povos nativos, como a guerra, o comércio e a migração forçada.
Independentemente da origem precisa, o surto de cocoliztli teve um impacto devastador na população asteca e é considerado um dos eventos mais catastróficos da história das Américas. A confirmação da bactéria como a causa dessa epidemia veio através de análises de DNA de restos mortais encontrados em sítios arqueológicos na região.