Hoje vamos contar uma história muito triste que aconteceu a pouco mais de 70 km da capital do Rio Grande do Sul. Em um pequeno distrito de Viamão ficava o Hospital Colônia de Itapuã, local inaugurado em 1940 para ser lar dos inúmeros pacientes de Hanseníase, doença que na época era chamada de lepra. Infelizmente, não havia cura para esta enfermidade e como era altamente contagiosa e pouco se sabia sobre ela, as pessoas que a portavam precisavam ser exiladas da vida em sociedade para não contaminar ninguém. Após, descobriu-se que o contágio ocorria através das mucosas, ou seja, pela saliva ou secreções.
Este Hospital Colônia era como uma mini-cidade onde havia área comercial, oficinas, olarias, presídio, igreja, escola e tudo o que fosse necessário para que as pessoas pudesse reconstruir suas vidas. Eles possuíam até prefeito e moeda própria. O mais triste de tudo isso é o fato de que não importava a idade, qualquer pessoa que contraísse a lepra era retirada contra a sua vontade da sua família e levada para viver esta vida alternativa. Não era possível mais abraçar suas mães ou filhos, nenhum tipo de contato físico era permitido e as visitas ocorriam em salas onde o familiar e o doente precisavam ficar há 2 metros de distancia um do outro.
Os bebês que lá nasciam eram retirados de suas mães segundos após o parto, isso porque nasciam plenamente saudáveis. Todos estes eram colocados para adoção em orfanatos católicos. Quando a cura foi descoberta e popularizada, as portas do Hospital Colônia se abriram e todos puderam retornar a suas famílias, porém grande parte perdeu o contato ou foi internado tão pequeno que não havia para quem retornar. Até hoje existem cerca de 20 residentes no local sendo cuidados por equipes de saúde, essas pessoas são cuidadas e alimentadas para que tenham uma boa qualidade de vida até o dia do juízo final. Caso queira saber mais sobre esse assunto, eu gravei para o EuTeConto um vídeo contando mais sobre. Assista-o, deixe seu gostei e se inscreva no canal! <3