O conceito do spray de pimenta tem origem há mais de 500 anos quando samurais utilizavam-se de extrato de pimenta para cegar seus inimigos momentaneamente. Muito tempo depois, em 1973, a ideia virou uma arma de defesa em formato aerosol nos Estados Unidos. Assim como o gás lacrimogênio, a Anistia Internacional considera o Spray de Pimenta um método de tortura, porém seu uso é liberado em grande parte dos países. Sua ideia é proporcionar autodefesa ou submissão de indivíduos.
O spray em si funciona como qualquer outro. Há dentro dele um líquido sob alta pressão, já no topo do frasco há uma válvula que, quando pressionada, coloca o líquido em contato com o ambiente e como a pressão externa é menor que a interna, o líquido se expande e foge do tubo em alta velocidade.
Este líquido possui capsaicina, o componente ativo das pimentas. Em mamíferos como nós, esta substância quando ingerida ativa terminações nervosas que são sensíveis a dor e temperatura. Além disso, há dentro do spray um extrato feito da própria planta que é pressurizado e misturado a um óelo sintético que não permite que a substância deixe a pele com facilidade.
Quando a atinge, o conteúdo libera substâncias anti-inflamatórias e vasodilatadoras que causam a vermelhidão e inchaço. Já nos olhos, ocorre lacrimejamento e até mesmo cegueira temporária de 30 minutos. As mucosas também são afetadas, porém sua duração e intensidade dependem da área afetada e do tempo de exposição, podendo durar até horas.
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