Há alguns meses houve um terrível acidente que ganhou a atenção mundial: Um carro autônomo da Uber acabou atropelando uma ciclista que não sobreviveu aos ferimentos. Depois do acidente, imediatamente começaram as investigações para descobrir qual foi a falha que tirou a vida daquela mulher.
De início, a suspeita era de que a Uber havia posicionado poucos sensores em seu automóvel, assim fazendo com que o carro não conseguisse detectar a moça. Porém, segundo uma matéria do The Information, agora se tem uma nova hipótese. Segundo ela, os sensores teriam interpretado os sinais como um falso positivo, ou seja, identificado a ameaça porém decidido que tal acontecimento não apresentaria um risco real.
Ou seja, nesta ocasião a Uber teria configurado o filtro do falso positivo num nível baixo, assim fazendo com que o automóvel ignorasse a mulher. Esse seria, na verdade, um procedimento de segurança já que não seria nada interessante se o carro reagisse a todos os falsos positivos, assim desviando e talvez causando acidentes ainda maiores. O problema aqui está no balaço entre os dois extremos.
Assim que houve o acidente, a Uber tirou de circulação todos os seus carros autônomos e se uniu a NTSB (Conselho Nacional de Segurança do Transporte) dos Estados Unidos para pesquisa e investigação, porém até o momento não existe nenhum relatório preliminar sobre o que aconteceu. Sobre a matéria, a Uber se pronunciou mas não confirmou ou desacreditou a informação.
“Estamos cooperando ativamente com o NTSB em sua investigação. Em respeito ao processo e à confiança que construímos com o NTSB, não podemos comentar especificidades do incidente. Neste período, iniciamos uma análise cuidadosa da segurança do nosso programa de veículos autônomos e trouxemos Christopher Hart, ex-NTSB, para nos aconselhar em nossa cultura de segurança em geral. Nossa avaliação está observando tudo entre as seguranças de nossos sistemas e o processo de treinamento para os operadores, e esperamos ter mais a compartilhar em breve”.