Não sei vocês, mas um dos meus maiores medos ao entrar no mar é dar de encontro com uma água-viva e ser queimada por ela. Porém, o que poucos sabem (e eu não sabia) é que das mais de 5 mil espécies de água-viva que variam de 1 milímetro a 36 metros de tamanho, apenas algumas podem causar danos aos seres humanos. Então, como funcionam as queimaduras de águas-vivas?
Outro detalhe importante é que águas-vivas não queima, na verdade elas envenenam. Ao tocar em sua pele, ela enjeta filamentos repletos de toxinas que perfuram a pele. O interessante é que essas toxinas podem ou não causar dor em nós e isto não é classificado como um ataque, mas sim uma forma automática de defesa. Ela ocorre da seguinte maneira:
Quando as águas-vivas encostam em um corpo estranho, imediatamente esses cnidócitos abrem. É um ato automático e involuntário ao qual as águas-vivas não possuem controle já que não têm capacidade neural ou percepção sensorial para orquestrar um ataque. Quando a água do mar entra em contato com o cnidócito e os nematócitos – que estão cheios da toxina – são ejetados. Assim, como uma agulha hipodérmica, os filamentos da água-vida entram no corpo e causam a sensação de queimadura.
Ao penetrar no corpo, essas células liberam dezenas de toxinas que causam os mais diversos sintomas, desde febre a coceira ou fatos mais sérios tais como perda da consciência ou problemas cardíacos. Vale lembrar que grande maioria das espécies que povoam os mares brasileiros possuem venenos fracos que não fazem grande mal ao ser humano. Caso você leve uma dessas ferroadas, lave bem o corpo com água do mar.
Como a água doce possui um equilíbrio osmótico diferente dos nematócitos, caso eles ainda não tenham se ativado, podem acabar sendo liberados ao entrar em contato com a água da torneira. Caso continue tendo coceira ou tenha qualquer tipo de reação alérgica, visite um médico imediatamente.
Sinceramente, não sei se fiquei com menos ou mais medo do mar agora… E você? Comente!