Há algumas semanas falamos sobre as especulações a respeito da causa do acidente com carro autônomo da Uber que acabou causando a morte de Elaine Herzberg. Novas informações dizem que o atropelamento foi causado por uma falha no software. Em relatório preliminar da National Transportation Safety Board – organização independente de pesquisa e investigação de acidentes – consta que os sensores do carro funcionaram ao detectar a pedestre 6 segundos antes da colisão, sendo tempo suficiente para que o Volvo XC90 modificado parasse sem causar vítimas.
Porém, ainda segundo este laudo, o software demorou muito para tomar uma decisão e quando a fez, tomou a escolha errada como certa. 1,3 segundo antes da colisão, após o sistema ter identificado Elaine como um objeto estranho – como outro veículo ou apenas a bicicleta – o sistema detectou que uma frenagem emergencial se fazia necessária para não haver acidente. Porém, segundo a própria Uber, este tipo de manobra não fica ativo no carro em modo autônomo para reduzir um potencial comportamento de erro e evitar acidentes causados por freadas bruscas.
O relatório também evidencia que a operadora do carro no dia em questão Rafaela Vasquez tentou fazer um desvio manual de rota, porém apenas um segundo antes do impacto. Após análise das imagens internas do carro foi constatado que Rafaela poderia estar distraída nos momentos que antecedem o acidente, o que explica sua reação lenta. Porém, a operadora negou e relatou a NTSB que estava apenas olhando para a tela de monitoração do software assim operando na função que era esperada: “monitorar mensagens de diagnóstico que aparecem em uma interface no painel do veículo”. É claro que ainda há muito o que descobrir, então fique de olho pois sempre traremos atualizações sobre o acidente.