A existência de vida extraterrestre até hoje é uma das maiores dúvidas da humanidade, milhares de cientistas trabalham arduamente para tentar encontrar algo que possa indicar a existência de ET’s. Para esse estudo, são utilizados os famosos radiotelescópios, que tentam detectar algum sinal “não natural” vindo do espaço. Atualmente temos dezenas de radiotelescópios que podem girar sobre seu eixo e analisar qualquer parte do céu, porém nem sempre foi assim.
Nos primórdios os radiotelescópios eram fixos no chão, ou seja, eles não giravam sobre o próprio eixo como os atuais. Um exemplo disso é o Radiotelescópio da Universidade do Estado de Ohio, conhecido como “Big Ear”. Naquela época, os dados detectados pelos radiotelescópios eram impressos em papel fazendo com que os voluntários analisassem todos os dados manualmente. Os voluntários que analisavam os dados acabavam se entediando, já que nos papeis só vinham números como 1 e 2, ou seja, sinas fracos e sem vida.
Jerry Ehman, que trabalhou por um tempo na Universidade do Estado de Ohio como professor assistente de Engenharia Elétrica e de Astronomia, era um dos voluntários que passavam noites em claro checando as páginas impressas em busca de números diferentes de 1 e 2. No ano de 1972, Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos cortou o financiamento do radiotelescópio “Big Ear”, porém, Jerry se recusou a deixar o projeto e permaneceu em regime de voluntariado no projeto SETI, sigla para Search for ExtraTerrestrial Intelligence (Busca por inteligência extraterrestre, em português).
O dia 15 de agosto de 1977 parecia ser apenas mais um dia entediante de trabalho voluntário, porém aquele dia seria lembrado para sempre. Às 23h16 daquela noite, Jerry Ehman, como sempre, estava analisando os papéis impressos quando de repente percebe sinais diferentes do que qualquer outro que ele já havia visto. Era um conjunto de letras e números, o que nunca havia acontecido em anos de trabalho. O código escrito era: “6EQUJ5”. Fascinado com o que havia acontecido, Ehman pegou uma caneta vermelha, circulou os dados e escreveu ao lado “WOW” (Uau, em português). Jerry notou que o tempo total de detecção foi de apenas 72 segundos, porém com uma intensidade tão grande que acabou ultrapassando o limite da escala preparada para as observações.
Mas o que significava essa sequência? Bom, basicamente, está sequência indica a intensidade do sinal. Bora entender melhor?
- As letras indicam uma intensidade a partir de 10, ou seja, “A” corresponde as intensidades entre 10.0 e 11.0, “B” seria entre 11.0 a 12.0 e assim por diante;
- Os números de 1 a 9 são referentes a intensidades correspondentes ao próprios números (variando entre 1.0 a 9.9);
- Um espaço na folha equivale a uma intensidade entre 0 e 1;
- Cada caractere corresponde a 12 segundos de transmissão;
Então levando isso como base, podemos afirmar que cada caractere significa:
- 6: Entre 6.0 e 6.9;
- E: seria entre 14.0 e 15.0;
- Q: Entre 26.0 e 27.0;
- U: Indica uma intensidade entre 30.0 e 31.0;
- J: Seria entre 19.0 e 20.0;
- 5: Algo entre 5.0 e 5.9;
Se colocarmos isso em um gráfico, poderemos ver que é um frequência que aumenta, chegando a atingir um pico e depois diminui. Sua frequência pode ser considerada por dois valores: 1420.356 MHz (por J.D. Kraus) ou 1420.4556 MHz (J.R. Ehman).
Após verem isso, os cientistas decidiram ir em busca do sinal novamente, já que agora sabiam sua localização, porém, não encontraram absolutamente NADA. O sinal WOW! ficou conhecido por muita gente como um “recado de extraterrestres” chegando a ser uma “prova” de que não estamos sozinhos na galaxia e pode acreditar, isso perpetuou por muito tempo, até que descobriram a verdade recentemente.
Antonio Paris, um professor de St Petersburg College, acabou descobrindo 40 anos depois de tal acontecimento que na verdade o “Sinal WOW!” detectou um par de cometas… Isso mesmo, 40 ANOS pensando que existia vida extraterrestre para no fim saber que eram apenas cometas… Triste a vida. Segundo o professor, esses cometas, também conhecidos como 266P/Christensen e 335P/Gibbs, possuem nuvens de gás de hidrogênio em quilômetros de diâmetro em torno deles. A equipe então percebeu que os sinais de rádio de 266/P Christensen combinavam com o sinal Wow! e é assim que foi desvendado um dos maiores mistérios da humanidade.
Mas e aí, ainda acha que extraterrestres existem? Comente logo abaixo 😀