A arte ajuda muito no alinhamento de pensamentos desorganizados, pois uma vez que registramos pensamentos em forma de poesia, música, pintura ou escultura por meio de um padrão técnico (como, por exemplo, um determinado tipo de lápis e um determinado tipo de traçado para um desenho), podemos não perceber, mas estamos, sim, transformando dados e informações voláteis do nosso cérebro em dados assimiláveis, tanto para nós mesmos, quanto para nossa audiência.
Kris Kuksi é artista norte-americano do chamado Realismo Fantástico, no qual se mistura fantasia e elementos reais. Suas esculturas são extremamente complexas e misturam símbolos e personagens de guerra e política, também misturando épocas diferentes de civilizações diferentes. Confuso, não? Saca só:
Kuksi se inspira muito nos movimentos artísticos do Barroco e Rococó e, segundo o mesmo diz, ele define sua arte como “uma reação à queda corrupta e desmoralizada da sociedade dos dias modernos – um lugar onde novos começos, novas guerras, novas filosofias e novos fins existem” e se diz se sentir mais como uma pessoa pertencente ao “velho mundo”.
Kris também trabalhou com a banda brasileira Sepultura na construção da arte que foi usada na capa do CD “A-Lex” (“Sem Lei“, traduzido do latim), de 2009. Se trata de um álbum baseado no livro “Laranja Mecânica“, Romance de Anthony Burgess, no qual conta a história de Alex e sua gangue, os Droogies, que agiam sempre em busca de ultra-violência, espancando, roubando e violentando pessoas passando por cima de todas as leis, quaisquer fossem. Trama que cai feito luva para o som do Sepultura, junto à arte de Kuksi.
Recomendado para quem gosta da exploração do macabro na arte! Compartilhe, comente aí pra gente!!