O “Doutor Bumbum” tem causado muita polêmica nos noticiários policiais nestes últimos dias. Este apelido foi dado a Denis Cesar Barros Furtado, 45 anos, cirurgião plástico do Rio de Janeiro. É muito conhecido por realizar procedimentos estéticos nos glúteos (por isso a alcunha Dr. Bumbum), realizando cirurgias em celebridades como a Miss Bumbum Flávia Tamayo. Ele, sua mãe Maria de Fátima e sua namorada foram acusados de ter causado a morte de uma de suas pacientes, a bancária Lilian Calixto de 46 anos, durante um procedimento estético que aconteceu no dia 14 de julho. Horas após a cirurgia, Lilian apresentou graves complicações e veio a óbito.
Segundo o Conselho Regional de Medicina (CRM) do Rio de Janeiro, Denis Furtado não estava autorizado a exercer as funções de médico – que atendia a pessoas não só no Rio de Janeiro, mas também em Brasília e São Paulo. Os advogados de defesa do médico alegaram se tratar de um julgamento “precoce” o de colocar a responsabilidade pela morte de Lilian sobre ele. A mãe de Denis Furtado, Maria de Fátima, ex-médica, também está envolvida no caso e estava foragida. Ela teve seu registro cassado no ano de 2015 pelo CRM do Rio, pela acusação de “propaganda enganosa”, divulgando a utilização de procedimentos e métodos não reconhecidos pela medicina como métodos idôneos e com bons resultados, além de desrespeito a outras normas e resoluções do Conselho Regional. A namorada de Furtado, Renata, que até então trabalhava como secretária de sua clínica, teve prisão preventiva decretada, porém nega qualquer envolvimento com o crime.
Denis Furtado já teve outras acusações no passado, que envolvem homicídio (1997); porte de arma (2003); crime contra a ordem pública (2003); resistência à prisão (2006 e 2007); exercício arbitrário da própria razão (2007) – (quando uma pessoa ultrapassa o limite de direito ao reagir em legítima defesa), e violação de domicílio (2007). O médico responde por mais de 10 processos junto ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Dentre eles, uma acusação envolve também Maria de Fátima, a respeito de uma venda de apartamento na qual o comprador alega ter pago 100 mil reais e também quitou dívidas de condomínio e IPTU, porém há alegações de que o imóvel foi invadido por Maria, que se recusou a assinar a escritura deste.