A história começa em 1862, nos Estados Unidos, quando uma jovem chamada Sarah Pardee se casa com William Wirt Winchester, dono da famosa fábrica de rifles Winchester. Foi esta fábrica que desenvolveu um rifle que seria na época o mais rápido de todos, o que tornou a família Winchester uma das mais ricas dos Estados Unidos.
E foi nesse período que nasceu a pequena Anne Parde Winchester, Filha de William e Sarah. Mas infelizmente a criança faleceu pouco tempo depois, o que deixou Sara inconsolável. Ela entrou em um luto profundo, sua dor levou quase 10 anos para se curar. O casal jamais teve outro filho. E como se não bastasse todo esse sofrimento, em 7 de março de 1881 morre William, tubérculo, e Sarah entra em uma violenta depressão.
Alguns dias depois, em uma noite, Sarah ouve barulhos, gritos ensurdecestes e batidas por toda a casa, e o fenômeno se mantêm assim por muitos dias seguidos. Completamente desesperada, Sarah recorre a uma médium, que em uma sessão lhe informa que William, seu marido, está ali com ela e tem uma mensagem. Ele conta que os espíritos atormentados das pessoas cujas mortes foram causadas por armas Winchester a rodeiam. Estão vagando perdidos ao redor dela e com muito ódio.
E o mais assustador: São essas almas que mataram sua filha Anne e o próprio William!
Ele também disse para Sarah tomar cuidado, pois seria a próxima a morrer. A médium então lhe aconselha a mudar de casa, diz que William a guiaria para o novo lar ao qual ela deveria comprar e fazer a mudança. Essa casa deveria ser reformada para que os espíritos de luz pudessem protegê-la, e os maus espíritos se acalmassem e se ficassem distantes.
Sarah então viaja por todo o país, até chegar em São José, onde vê uma casa de 6 cômodos ainda em obras e sente que é aquela casa que deve ser comprada. Então ela inicia uma reforma, construindo novos quartos e cômodos na esperança de viver em paz. No entanto, a nova casa não parou os espíritos, que continuava a assombra-la.Vozes e sons eram ouvidos constantemente na casa.
Então começa um assustador jogo dos horrores.
Sarah destruía e reconstruía cômodos sem parar. Aumentava, diminuía, construía um quarto em torno de outro. Selava quartos, abria outros, construía escadas e mais escadas que não davam em lugar algum. Também haviam portas que ao se abrirem davam para um vão vazio e quartos com passagens secretas, assim como também labirintos e armários que ao se abrirem mostravam só paredes.
Tudo isso ela fazia para confundir e desencorajar os espíritos sem luz que ali entrassem. As obras na casa nunca paravam. Os trabalhadores se revezavam para que 24h por dia se ouvisse os martelos e ferramentas na construção. Sarah nunca tinha um projeto ou planta, pois isso poderia ensinar e alertar os espíritos. O chefe de obras chegava pela manhã e Sarah dava as instruções do que queria naquele momento, sendo que no dia seguinte ela poderia demolir o que foi feito no dia anterior e reconstruir de outra forma. Assim os espíritos poderiam ficar mais e mais confusos.
Foi construída uma sala, chamada de quarto azul, onde ninguém jamais entrou enquanto Sarah ainda era viva. Somente ela entrava ali para suas sessões espíritas. Reza a lenda que o quarto foi construído como uma passagem para o outro mundo, e que ali ela recebia os espíritos durante as sessões.
A casa já estava com sete andares, inúmeros cômodos, várias lareiras e incontáveis janelas, quando em 1906 um terremoto destruiu parte da casa e jogou os três últimos andares no chão. Os cômodos destruídos foram selados e novos quartos foram construídos ao redor deles, isso porque ela acreditava que os espíritos que ali estavam no momento do terremoto ficariam aprisionados para sempre.
As obras nunca paravam. Por 36 anos inúmeros carpinteiros e trabalhadores construíam, aumentaram, destruíram e reconstruíram até em 1922, depois de uma sessão espírita no quarto azul, Sarah foi dormir e morreu durante o sono aos 83 anos de idade, deixando uma casa com aproximadamente 160 cômodos, 47 lareiras, mais de 10.000 janelas, incontáveis escadas e portas.
Finalmente as obras foram paradas.
Algum tempo depois um grupo de investidores comprou a casa, pois queriam torna-la uma atração turística. A casa hoje é aberta a visitações, existe até um website com inúmeras informações sobre o local.
Na primeira contagem dentro da casa, eles divulgaram que ela possuía 148 cômodos. Mas já em uma segunda contagem o número foi para 160. A cada contagem se chegava a um número diferente. Era impossível saber o número de cômodos que a casa possuía. O lugar era tão confuso e tão cheio de labirintos que os trabalhadores demoraram mais de 6 semanas para retirar a mobília da casa.
Hoje ela é registrada como a maior casa da Califórnia, com número desconhecido de cômodos. Contudo, ainda hoje, visitantes e funcionários afirmam ouvir vozes e presenciar aparições estranhas dentro da casa. Talvez, os espíritos que ali entraram, jamais conseguiram sair.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre essa terrível mansão, assista o vídeo a seguir e se apavore. Ele foi feito baseado neste texto criado a partir de minhas pesquisas para o TriCurioso.com: