Há quase dois meses fomos surpreendidos pela triste notícia de que o Museu Nacional estava sendo destruído por um devastador incêndio e dentre muitas das perdas estava Luzia, o fóssil humano mais antigo da América. Vale lembrar que 90% do acervo do museu foi totalmente perdido.
Porém, a esperança continuou viva na mente daqueles que agora exploram os escombros na tentativa de resgatar algo e assim não perder totalmente a memória do local. Foi essa esperança que possibilitou que uma das equipes tenha encontrado o crânio e também o fêmur de Luzia dentre esses escombros ainda hoje, dia 19 de outubro.
“Nós conseguimos recuperar o crânio de Luzia”, disse Cláudia Rodrigues, integrante da equipe de escavamento e também professora do museu “É claro que, em virtude do acontecimento, [o crânio] sofreu algumas alterações, tem alguns danos. Mas nós estamos comemorando.”
Segundo Cláudia, a peça acabou sendo fragmentada, logo apenas 80% foi encontrado. Porém, ela afirma que será feita uma reconstituição, assim não desistindo deste importante fóssil. Vale lembrar que Luzia viveu há mais de 11 mil anos onde hoje fica o sítio arqueológico mineiro Lapa Vermelha. O diretor do Museu Nacional Alexander Kellner também disse que outros itens importantes foram resgatados dos escombros, porém nem todos foram identificados ainda e por isso há pouca divulgação.
Até o momento tudo o que for resgatado precisará passar por processos de limpeza e reconstituição, após isso eles serão armazenados em um local ainda sigiloso onde será feita toda a análise e remontagem dos fósseis.
E a história luta para sobreviver… Ficou feliz em saber que o crânio de Luzia foi resgatado? Comente!