Os cachorros sempre foram alguns dos animais mais pesquisados no meio científico. Em meio a todas essas pesquisas, vários grupos de pesquisadores descobriram que, quando se trata do tempo de vida, o tamanho pode ser realmente muito importante. Só que essa constatação pode ser muito diferente do que a maioria das pessoas imagina, afinal, os cães pequenos tendem a viver mais do que os cachorros maiores. Mas por que isso acontece?
À primeira vista isso parece não fazer muito sentido, pois em geral, grandes mamíferos como elefantes e baleias tendem a viver mais do que as criaturas de menor porte, como os ratos. Acredita-se que isso aconteça porque os animais maiores geralmente têm metabolismos mais lentos que os pequenos e os metabolismos mais rápidos resultam em um maior acúmulo de radicais livres, que costumam danificar o tecido e o DNA dos seres vivos. Só que isso nem sempre é válido para todos os animais, o que faz com que essa teoria não seja amplamente aceita, até mesmo no meio acadêmico.
Quando analisamos a questão dos cachorros em particular, o tempo de vida e o tamanho do corpo são inversamente correlacionados, já que os cães pequenos têm a tendência de viver mais tempo. Em meio a tantas dúvidas, os cientistas descobriram que os cachorros maiores aparentemente envelhecem a taxas mais rápidas, o que faz com que o risco de morte aumente consideravelmente em relação às raças menores. Para se ter uma ideia, os cientistas concluíram através de pesquisas que cada 4,4 quilos de massa corporal reduzem a expectativa de vida de um cão em cerca de um mês.
Os pesquisadores agora querem acompanhar o crescimento de um grande número de cães para identificar as principais causas de morte que levam os cachorros de grande porte a morrerem mais cedo. Por exemplo, os cães maiores aparentemente sofrem de câncer com mais frequência, o que pode fazer muito sentido se analisarmos um detalhe em particular: o câncer está enraizado no crescimento celular anormal e como os cachorros de grande porte obviamente crescem mais do que as raças menores, eles têm uma probabilidade maior de adquirir a doença.
Vale lembrar que essas descobertas são apenas a ponta do iceberg em nossa compreensão sobre a expectativa de vida canina e o que de fato determina esse “prazo”. Os cientistas planejam realizar estudos futuros para explicar melhor a ligação entre crescimento e mortalidade.
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