Todo mundo sabe que o dia 2 de novembro é tradicionalmente lembrado por ser o dia de finados aqui no Brasil. Porém no México, é festejado o Dia de Muertos. Essa é uma celebração latina que honra a memória dos falecidos. A tradição tem origem indígena e começa no dia 31 de outubro. Ela coincide com tradições católicas do Dia dos Fiéis Defuntos e o Dia de Todos os Santos. Países da América Central e regiões dos Estados Unidos também celebram essa data, que possui como principal significado a oração por memória dos amigos e parentes falecidos. Os principais responsáveis por essa tradição são os astecas e maias. A Unesco considera essa cultura um Patrimônio Imaterial da Humanidade.
A Santa Muerte é uma figura esquelética venerada no México, principalmente durante o feriado do Dia de Muertos. Ela não é reconhecida pela Igreja e é uma grande remanescente da Era Asteca, conhecida como a Padroeira dos Criminosos. Essa Santa é homenageada com rosas, frutas, bebidas alcoólicas e até cigarros. Os devotos também costumam rodear a entidade esquelética com fotos dos entes queridos. Os historiadores consideram o Dia dos Muertos e a Santa Muerte uma forma de sobrevivência das tradições antigas, nas quais as caveiras tinham grande importância.
A Igreja Católica e os Protestantes condenam o culto à morte e até 2001 a adoração à Santa Muerte era uma ação clandestina: as pessoas se escondiam em santuários exclusivos em suas residências para realizarem suas preces. Quando o primeiro santuário público foi aberto na Cidade do México, vários outros surgiram por todo o país. A santa é considerada por muitos a padroeira dos criminosos, prostitutas e de pessoas que vivem em áreas violentas. A comunidade LGBT encontrou na Santa Muerte uma forma de igualdade: normalmente rejeitados pelos grupos religiosos, os membros entendem que a Santa não discrimina ninguém, já que a morte vem para todos.
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