Às 19:27 da noite de 9 de fevereiro de 2004, uma mulher fez uma ligação para o Departamento de Polícia para relatar um acidente de carro. O veículo era um pequeno Saturn preto que parecia estar preso a um amontoado de neve na estrada em frente à sua casa em Woodsville, no estado americano de New Hampshire. O xerife prontamente agradeceu a mulher pela informação e despachou um policial para averiguar a situação. Pouco tempo depois, às 7:43, o departamento do xerife recebeu outro telefonema sobre o acidente, desta vez de um motorista de um ônibus escolar chamado Butch Atwood. Ele forneceu mais detalhes, incluindo a informação de que a motorista era uma mulher jovem e que parecia estar com frio, mas sem ferimentos.
Curiosamente, o motorista de ônibus também informou que ela havia lhe implorado para ele não chamar a polícia, de modo que ele só ligou para o xerife quando chegou em casa, alguns minutos depois do ocorrido. Às 7:46, o policial despachado pelo xerife chegou ao local, mas teve uma surpresa logo de cara: a jovem não estava em lugar nenhum. A polícia acreditava que a motorista em questão era Maura Murray, uma estudante de 21 anos da Universidade de Massachusetts que havia sumido recentemente. O mais curioso disso tudo é que até hoje o seu sumiço continua sem solução.
Assim como outros casos semelhantes, o desaparecimento de Maura Murray poderia ser atribuído a um caso de sequestro ou até mesmo a uma morte acidental. De fato, o local estava escuro e frio, uma tempestade de neve estava se formando e a área era relativamente desconhecida, o que poderia levantar inúmeras possibilidades. No entanto, conforme a polícia pesquisava mais a fundo o passado de Maura Murray, eles perceberam que o caso era muito mais complexo e sombrio do que imaginavam.
A última pessoa a ver Maura Murray viva, além do motorista de ônibus, era seu pai, Fred. Os dois haviam jantado na noite anterior e, de acordo com Fred, a refeição tinha sido perfeitamente normal. Depois disso, Fred emprestou seu carro a Maura Murray, para que ela pudesse dirigir de volta ao dormitório da Universidade de Massachusetts para participar de uma festa. Quando estava a caminho da festa, por volta das 2:30 da manhã, Maura bateu o carro do pai em uma mureta de proteção. Ela saiu ilesa, mas o carro ficou danificado. Fred, então, disse que ela não deveria se preocupar, pois o seguro cobriria os danos, desde que ela pegasse os formulários apropriados no dia seguinte. Apesar de estar ter ficado um pouco nervosa com o acidente, Fred disse que Maura parecia estar se sentido relativamente bem. Mas no dia seguinte as coisas tomaram um rumo diferente.
As aulas na tarde de 9 de fevereiro haviam sido canceladas por causa de uma tempestade de neve. Nesse período, Maura Murray havia mandado e-mails para todos os seus professores dizendo que ela tiraria a semana de folga por causa de uma morte na família. No entanto, a polícia descobriu que não havia ocorrido nenhuma morte com os membros da família Murray. Naquela tarde, Maura também foi até um caixa eletrônico e retirou US $ 280. Após isso, ela comprou uma vodka em uma loja de bebidas e também pegou a documentação necessária para entrar com o pedido do seguro do carro de seu pai. Mas tirando esses acontecimentos, não se sabia muito sobre o seu paradeiro.
Quando a polícia vasculhou o carro abandonado, se deparou com mapas que apontavam para um complexo de condomínios em Burlington, Vermont. Além disso, os registros do seu telefone celular mostravam que ela tinha feito uma ligação para o proprietário de um dos condomínios, que havia sido alugado. Por causa disso, a polícia acredita que Maura Murray estava indo para Burlington, embora ela nunca tenha informando alguém sobre o seu suposto destino. A busca também revelou que seus cartões de crédito não estavam no veículo, mas curiosamente nunca foram usados novamente, segundo os registros das próprias empresas administradoras dos cartões.
Ao vasculhar seu dormitório, os policiais descobriram que seus pertences haviam sido guardados e que seu quarto havia sido limpo. No entanto, havia um e-mail impresso que teria sido enviado de Maura para o seu namorado, detalhando problemas no relacionamento. Mas as investigações indicaram que o rapaz era inocente, sendo descartado como um possível suspeito. De fato, em certos momentos depois do desaparecimento de sua namorada, ele chegou a receber uma mensagem de voz a qual ele acreditava ser Maura chorando, mas essa informação não levou a polícia a obter mais pistas.
Ao longo dos anos, algumas pessoas apresentaram algumas informações a respeito do caso Maura Murray, mas todas elas eram bastante vagas. Algumas alegaram que viram ela caminhando na floresta perto de Burlington, enquanto outras diziam ter encontrado itens que supostamente pertenciam a Maura nos arredores da floresta perto de onde o seu carro foi encontrado. No entanto, todas essas pistas vieram a frustrar os investigadores, de modo que 14 anos depois Maura Murray ainda continua desaparecida.
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