Durante os meses frios do inverno, os lagos e rios de várias partes do mundo acabam ficando congelados, formando uma espécie de espelho natural. No entanto, peixes e outros animais aquáticos conseguem sobreviver mesmo enfrentando essas condições adversas. Isso chama ainda mais a atenção no Oceano Ártico, que costuma apresentar esse tipo de clima durante praticamente o ano todo. Mas afinal, como os peixes conseguem viver nas águas dessas regiões?
Primeiramente, é preciso destacar que os peixes recebem uma certa ajuda da natureza, pois apenas a camada superior do lago ou rio costuma ficar congelada. Debaixo da camada superior congelada, a água permanece em sua forma líquida, não apresentando os mesmos riscos quanto a superfície. Além disso, o oxigênio fica preso sob a camada de gelo. Como resultado, os peixes e outros animais aquáticos conseguem viver confortavelmente nas lagoas e lagos congelados, ainda que isso represente uma condição térmica bastante complicada.
Mas essa não é a única explicação por trás da sobrevivência dos peixes em ambientes congelados. Estudos científicos sugerem que certas espécies de peixes (muitas delas nativas do próprio Oceano Ártico) têm uma taxa metabólica reduzida e produzem moléculas anticongelantes chamadas “glicoproteínas”, que ajudam a reduzir o ponto de congelamento dos seus fluidos corporais. De fato, essa incrível tática de sobrevivência dos nossos amigos com nadadeiras é considerada a grande responsável pela sua sobrevivência em eras “caóticas” que o nosso planeta já presenciou ao longo da história.
No entanto, é importante deixar claro que existem outros perigos que os peixes enfrentam em águas muito geladas. Por exemplo, o fluido corporal de um peixe comum pode se solidificar caso a temperatura da água circundante apresente uma temperatura abaixo de -5 °C. Além disso, apesar de as profundidades abaixo dos 30 metros apresentarem temperaturas relativamente estáveis, a oferta de comida nesses locais costuma ser escassa. Ou seja, ainda que os peixes do Ártico e da Antártida sejam adaptados à esse ambiente hostil, eles não estão totalmente seguros em casos mais extremos que o habitual.
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