Todos os anos em Tóquio, no Japão, ocorre uma nova edição de uma competição acirrada entre enormes lutadores de sumô. No entanto, se você pensa que eles lutam entre si com o objetivo de tenta forçar o oponente a sair para fora de um ringue circular (como o sumô é tradicionalmente disputado), saiba que nessa disputa o negócio é bem diferente. Aqui, eles simplesmente assustam bebês para saber quem consegue fazer a criança chorar primeiro.
Na verdade, essa competição é uma tradição japonesa que possui mais de 400 anos de história, conhecida no país como “Nakizumo”. A disputa envolve dois lutadores de sumô, geralmente amadores, que seguram os bebês e fazem caretas na tentativa de fazê-los chorar. A tradição deriva da antiga crença de que os bebês que choram alto e que possuem gritos poderosos costumam crescer fortes e ficam saudáveis para sempre, além de também afastar os maus espíritos com seus gritos alarmantes.
O evento também é realizado em outras partes do país, atraindo dezenas de pais, geralmente jovens, que levam os seus bebês com no máximo 18 meses de idade. As crianças sempre são vestidas em trajes coloridos e algumas até contam com bonés e penteados devidamente personalizados. O dia de competições começa com discursos dos organizadores e uma pequena introdução para cada bebê. Então, um a um, os bebês são entregues aos dois lutadores, que ficam lado a lado em um círculo de luta livre.
As regras e o objetivo do Nakizumo são bem simples: basicamente, basta “traumatizar” o bebê do oponente até que a pobre criança comece a chorar. A primeira criança que começar a chorar ganha a disputa. Se ambos começarem a chorar ao mesmo tempo, então aquele que tiver apresentado o grito mais alto é julgado o vencedor. Os lutadores podem até usar alguns objetos específicos (como máscaras assustadoras), caso não consigam fazer os bebês chorarem.
Estima-se que 160 bebês participam anualmente do Nakizumo, sendo geralmente selecionados por sorteio. Para os pais, o evento é visto como um programa divertido para a família, além de também ser uma oportunidade de supostamente abençoar o filho.
Competição bastante curiosa, não é mesmo? Compartilhe o post e deixe o seu comentário!