Os nervos sensoriais são os grandes responsáveis em fazer com que os animais sintam dor. Esses são os mesmos nervos que transmitem informações das células sensoriais, permitindo que os animais provem, toquem, vejam, cheirem e ouçam. Por outro lado, as plantas não apresentam um sistema nervoso, o que levanta uma questão interessante: afinal, elas também podem sentir dor?
A grande maioria dos biólogos concordam que um sistema nervoso complexo é uma das principais formas de processar informações, mas esse não é o único caminho para fazer isso. De fato, as plantas não têm um sistema nervoso tão complexo como os encontrados em animais, mas isso não significa que elas não conseguem reagir aos estímulos externos. Por exemplo, plantas carnívoras respondem ao toque de insetos e artrópodes, enquanto outras plantas reagem expondo seus espinhos quando sentem o perigo iminente. Algumas plantas até “consertam” partes danificadas, o que significa que elas estão cientes de que algo em seus corpos foi danificado.
Quando parte de uma planta é cortada, ela logo percebe o dano e inicia um processo de reconstrução para tentar continuar vivendo. Alguns cientistas supõem que as plantas demonstram comportamentos de proteção muito interessantes, embora não sejam tão complexos quanto as dos animais, mesmo sem contar com um cérebro para interpretar esses estímulos. Algumas plantas, como o girassol, respondem à luz solar curvando-se em direção à fonte da luz, o que seria uma clara evidência de que elas estão cientes de que há luz solar em uma determinada posição. Pesquisadores da Universidade de Bonn, na Alemanha, também descobriram que algumas delas têm uma maneira elaborada de compartilhar recursos entre si, priorizando as mudas, que são mais sensíveis.
Resumindo, não existem evidências conclusivas que consigam comprovar que as plantas sintam dor, mas é possível afirmar com clareza que elas realmente respondem aos estímulos externos como uma forma de se proteger. Elas podem reparar suas partes danificadas, afastar possíveis ameaças e mudar de direção em busca de vitaminas e nutrientes. Alguns cientistas acreditam que o fato de que elas não sentem dor faz muito sentido, pois caso contrário elas precisariam desenvolver mecanismos defensivos físicos para combater possíveis predadores, como garras ou dentes, algo que é comum nos animais.
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