A lenda do Negrinho do Pastoreio faz parte do folclore brasileiro, sendo muito contada no Sul do país. De origem africana e cristã, surgiu no fim do século XIX no Rio Grande do Sul.
A lenda conta que ainda no tempo da escravidão no país, havia um estancieiro muito carrasco que era o senhor do Negrinho. Certo dia ele ordenou que o escravo fosse cuidar dos seus cavalos, porém um dos cavalos fugiu. Ao voltar para a estância sem o cavalo, o estancieiro furioso lhe surra com muitas chibatadas e o manda de volta a procurar o cavalo.
O menino sai a procura e encontra o cavalo, mas ao laçá-lo a corda se parte e o cavalo foge novamente. De volta a estância, sem o cavalo, o estancieiro mais furioso ainda, surra o menino. Com muitas chibatadas, o amarra nu sobre um formigueiro a beira da morte. Com a certeza de que o encontraria morto na manhã seguinte, o estancieiro o abandona lá.
Ao voltar ao formigueiro, no dia seguinte, o estancieiro encontra o Negrinho de pé, sem nenhum ferimento, se livrando das últimas formigas que o cobriam. Ao seu lado estava a Virgem Maria, indicando que o Negrinho agora estava no céu. O estancieiro se ajoelhou e implorou perdão, mas o Negrinho nada disse, apenas montou em seu cavalo e saiu galopando.
Desde então, os andarilhos e tropeiros da região dizem ver passar um negrinho, montado num cavalo baio, feliz da vida e junto uma tropilha de tordilhos sendo conduzida por ele.
A lenda, muito popular no Sul do país, conta que se você perder um objeto deve pedir para o Negrinho encontrar pra você e em troca lhe oferecer uma vela para iluminar seu caminho. Outras versões da lenda contam que a vela seria para ele levar ao altar da Virgem Maria, que lhe deu a tropilha de tordilhos que conduz.
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