As janelas fazem parte do nosso cotidiano de tal forma que nem costumamos pensar em como elas surgiram. Apesar de ser algo tão comum nos dias atuais, é interessante saber que foi necessário um bom tempo até que a humanidade passasse a usar as janelas de vidro como conhecemos. Mas afinal, seria possível identificar quem inventou a janela?
Apesar de ser impossível rastrear a primeira pessoa a desenvolver algum tipo de janela, ainda podemos explorar um pouco sobre a história dessa característica arquitetônica. As primeiras residências construídas pelos homens primitivos consistiam em recintos bastante rudimentares, sem nenhum tipo de janela nas paredes. A ausência de janelas era resultante do fato de que as casas dessa época serviam mais como esconderijos do que como um lar propriamente dito, pois eram construídas apenas com o objetivo de proteger os seus moradores contra os ataques de animais selvagens ou outros inimigos hostis. A luz só podia entrar através da porta ou por um pequeno orifício feito geralmente no meio do teto para deixar sair a fumaça das fogueiras.
Através de descobertas arqueológicas, é possível concluir que as primeiras pessoas a abrir janelas nas paredes fizeram isso com o propósito de deixar a sua residência mais iluminada. O termo nórdico “vindauga” é mais antigo a se referir ao que conhecemos como janela, podendo ser rastreado desde os tempos dos vikings. Divididas, as palavras individuais que constroem esse nome são vindr (vento) e auga (olho), o que é apropriado nesse caso, considerando que as janelas protegem do vento e da chuva, ao mesmo tempo em que também permitem que você veja o que está do lado de fora.
Antigas janelas em Roma.
As primeiras janelas propriamente ditas eram feitas de uma variedade de materiais, incluindo tecidos, madeira, peles de animais e pedras translúcidas. As janelas de papel também eram populares na China antiga, na Coreia e no Japão. Acredita-se que os romanos foram os primeiros povos antigos a usar o vidro nas janelas. No entanto, as janelas de vidro dos antigos romanos não se pareciam exatamente com as janelas que temos hoje. Elas eram pequenas e grossas, o que por sua vez até permitia a passagem de luz, mas não eram transparentes o suficiente para se ver claramente o outro lado.
Levaria cerca de mil anos para que janelas de vidro transparentes viessem a serem usadas nas casas comuns. Para se ter uma ideia, essas janelas não estavam amplamente disponíveis na Inglaterra até o início do século 17. Isso porque as janelas modernas só se tornaram acessíveis através de novos processos industriais de fabricação de placas de vidro.
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