A lenda do Boto cor-de-rosa é famosa no norte do país. De origem indígena, faz parte do folclore brasileiro. Segundo a lenda, um boto cor-de-rosa sai do rio em noite de festa. Usando seus poderes, transforma-se em um jovem bonito, com vestes brancas. Usa um chapéu branco pra esconder a grande narina no topo da cabeça, que não desaparece mesmo com a transformação em homem. Por esse motivo, quando um jovem desconhecido aparece de chapéu nas festas, as pessoas pedem que ele tire o chapéu, para ter certeza de que não é o Boto.
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Há versões que dizem que o boto só surge nas festas juninas, outras contam que surge em qualquer festa que seja a noite. O Boto cor-de-rosa surge na festa rindo e bebendo, muito atraente e comunicativo, chama atenção das moças. Se comporta na festa como um rapaz normal. Ao escolher uma moça, a seduz e convence a dar um passeio na beira do rio. Chegando lá, ele as leva para o fundo do rio, onde engravida as moças e as abandona. Na manhã seguinte, o jovem se transforma em boto novamente.
A lenda surgiu para justificar a gravidez das moças fora do casamento. Há um costume de dizer que quando o pai de uma criança é desconhecido, significa que a criança é filha do Boto. Na região costuma-se dizer que quando uma moça desaparece, foi levada pelo Boto e está no fundo do rio.
O Boto cor-de-rosa corre risco de extinção
Por incrível que pareça, parte da população acredita nos mitos e lendas. Realmente creem que as moças podem ser sequestradas e engravidadas pelo boto. Assim, ao avistar um, eles o matam. O Boto tem sido usado como isca também. A cada década a população de botos tem caído pela metade. As lendas surgiram para explicar o que a humanidade não conseguia explicar. Mas o boto é apenas um animal vulnerável que não apresenta risco nenhum a população.
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