Como bem sabemos, o autismo é um tipo de transtorno neurológico que causa dificuldades sociais e de comunicação, comportamentos restritivos e repetitivos. Porém, mesmo afetando cerca de 25 milhões de pessoas, este é um transtorno que a ciência ainda não conhece muito bem, tendo pouquíssimas certezas. Sua causa, por exemplo, ainda é desconhecida e possui apenas teorias até então que mencionam fatores genéticos unidos a ambientais. Entretanto, os pesquisadores não desistem nunca e continuam tentando fazer descobertas relevantes sobre pessoas autistas.
Recentemente um estudo feito por pesquisadores japoneses e britânicos chegou a uma conclusão sensacional sobre a velocidade neural de certas áreas do cérebro e como isso pode estar ligado aos sintomas cognitivos do autista. Vamos contextualizar primeiro: a região sensorial do cérebro que processa as informações sobre os reflexos humanos que vem dos olhos, músculos e pele são processadas em períodos curtos e rápidos. Já as áreas mais complexas de informações relacionadas a memória, inteligência e tomada de decisão tem um processamento mais lento para chegar a conclusão.
Segundo este novo estudo, o tempo para essas atividades em uma pessoa autista é bem diferente. Através de exames de ressonância magnética, foi possível concluir que o cérebro de pessoas com autismo processa informações sensoriais muito mais depressa do que o cérebro de uma pessoa sem o transtorno enquanto a região relacionada a parte mais complexa de tomada de decisões, inteligência e memória possui um processamento muito mais lento do que o cérebro padrão. Outra informação muito interessante é que o cérebro de uma pessoa autista possui muito mais neurônios e segundo os pesquisadores, este é um fator que pode contribuir para os comportamentos repetitivos assim como para as dificuldades de comunicação.
Incrível como as diferenças causam diferentes resultados, não é mesmo? Comente!