Isso mesmo que você leu meu caro, assim como a maioria dos chamados bufonídeos, o sapo-cururu possui a capacidade de secretar bufotoxinas por meio de suas glândulas de veneno com o objetivo de se proteger afugentando predadores que possam comê-lo. Ou seja, quando abocanhado, o sapo libera na mandíbula do animal o veneno através de suas glânduas, assim esguichando o veneno.
A toxina produzida pelo sapo-cururu é feita de aminas biogênicas tais como adrenalina, noradrenalina e bufoteninas, também contém esteroides como o colesterol, ergosterol e bufadienolídeos. A principal ação deste veneno é a inibição da chamada bomba de sódio-potássio, assim elevando os íons de sódio dentro das células e de cálcio nos miócitos cardíacos, assim acelerando e desacelerando o coração, o que leva pequenos animais a terem convulsões ou paradas cardíacas, levando assim a morte. Também é possível que o animal envenenado tenha aumento na liberação de neurotransmissores e também alucinações.
Ao encontrar um sapo-cururu, tome cuidado com as glândulas parotóides que ficam atrás dos olhos do animal e possuem grande quantia de poros, sendo que cada um deles é ligado a um alvéolo de forma independente e distribuída como em favos de uma colmeia. Para o veneno sair, é realizada uma compressão mínima de 0,69kg/cm² e isso expele o líquido em forma de jato.
Assim que o envenenamento acontece, toda a estrutura e os vasos sanguíneos que acabam sendo rompidos em função da pressão iniciam um processo de regeneração e também de produção de mais toxinas. Uma curiosidade interessante é que as glândulas parotóides também funcionam como uma espécie de colete a prova de balas já que protege o animal da pressão da mordida dos predadores, assim diminuindo a possibilidade de lesões e também de atingir os órgãos vitais.
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