É bastante provável que você já tenha ouvido alguém falar algo como “basta uma maçã podre para estragar todas as outras em um cesto”. De fato, essa metáfora relativamente popular é geralmente usada para dizer que uma única pessoa com más intenções tem a capacidade de prejudicar um grupo inteiro, ainda que estes membros sejam “saudáveis”. Mas afinal, será que, na prática, uma única maçã podre realmente pode estragar as maçãs saudáveis que estão ao seu redor?
Apesar de parecer fantasioso demais, essa metáfora tem toda a razão. De fato, basta uma maçã podre para contaminar todas as outras que estão ao seu redor. Isso acontece porque, à medida que amadurecem, algumas frutas, como maçãs e peras, produzem um composto químico gasoso chamado “etileno”, que é, entre outras coisas, um agente especial de amadurecimento. Quando você armazena esses frutos juntos, o etileno passa a ser emitido em quantidades maiores, de modo que as frutas ao redor passam a amadurecer ainda mais depressa.
O problema é que isso acaba dando origem a um “ciclo vicioso”. Quanto mais madura a fruta estiver, mais etileno ela produzirá, levando a uma concentração do gás suficiente para sobrepor toda a fruta. No caso de uma fruta que apodreceu por ter passado do período de amadurecimento, a sua emissão de etileno será ainda maior, É por isso que, dadas as condições certas e o período de tempo suficiente, uma maçã podre pode fazer com que todas a frutas ao seu redor amadureçam mais rápido do que o normal, o que eventualmente fará com que elas apodreçam.
Além disso, vale destacar que uma simples maçã infestada com mofo também tem a capacidade de contaminar outras frutas com as quais está armazenada, já que o mofo tem a característica de buscar fontes adicionais de alimento para se proliferar mais rapidamente. Ou seja, como a metáfora sugere, em ambos os casos é preciso apenas uma única maçã para iniciar uma reação em cadeia que acabará por estragar todo o resto do grupo.
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