Sempre ouvimos falar sobre o polêmico programa nuclear da Coreia do Norte e também de quantas vezes na história bombas nucleares foram capazes de destruir vidas. Entretanto, você sabe como funciona um teste de bomba nuclear? É o que vamos descobrir agora mesmo!
O teste de bomba nuclear ocorre quando é feita uma explosão controlada para experimentar a detonação de uma arma nuclear. Existem diversas motivações que levam pesquisadores e o governo em si a realizarem testes nucleares, dentre eles a categorização da arma, verificação de seu funcionamento, saber se sua estrutura condiz com os objetivos atestados, como são seus efeitos e também, é claro, para demonstrar a força militar e científica do país que o realiza como um alerta sobre as defesas, assim impondo respeito.
Esses testes podem ocorrer de forma atmosférica, subterrânea ou ainda subaquática. De todos, os testes subterrâneos são os que apresentam os menores riscos a saúde quando falamos de cinza nuclear. Já os testes atmosféricos apresentam grande risco ao explodir em contato com o solo ou outros materiais. Em geral, essas armas são largadas de aviões, do alto de torres, suspensas em balões, em barcas no mar, presas em cascos de navios ou até mesmo disparadas por foguetes para o espaço.
O primeiro teste
O primeiro teste atômico de toda a história foi de autoria dos Estados Unidos em 16 de julho de 1945, ele foi chamado de Experiência Trinity. A arma foi desenvolvida pelo Laboratório Nacional de Los Alamos e alcançou a potência de 20 kton. Depois, tivemos a primeira bomba de hidrogênio que foi chamada de Ivy Mike e foi testada no atol Enewetak, Ilhas Marshall, no dia 1 de novembro de 1952 e também foi de autoria dos Estados Unidos. Outra arma nuclear a qual devemos mencionar é a maior de todas já testadas. Este teste ocorreu em Nova Zembla e tinha o nome de Tsar Bomba, sendo de autoria da União Soviética. Para você ter ideia, esta explosão alcançou incríveis 57 Mton!
Tratado de Interdição Parcial de Ensaios Nucleares
Depois de toda dor e sofrimento causada por este tipo de explosão na Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria, em 1963 vários países que possuíam a cultura de desenvolvimentos científicos na área assinaram o Tratado de Interdição Parcial de Ensaios Nucleares onde se comprometiam a não testarem mais armas nucleares tanto na atmosfera quanto debaixo de água ou ainda no espaço. Os testes subterrâneos poderiam continuar ocorrendo.
Nesta época a França não participou do tratado e continuou seus testes nucleares até 1974, já a República Popular da China manteve seus testes até 1980. O último teste que ocorreu de forma subterrânea nos EUA foi em 1992, já por parte da União Soviética ocorreu em 1990. O Reino Unido realizou seu último teste em 1991, a França e China em 1996. Foi nesta época que foi adotado o Tratado de Interdição Completa de Ensaios Nucleares ainda em 1996 de forma que todos os países participantes se comprometeram a não realizar mais nenhum teste nuclear.
A Índia e o Paquistão não assinaram o tratado e continuaram seus testes até maio de 1998. No último século apenas seis testes nucleares ocorreram: 2006, 2009, 2013, Janeiro de 2016, setembro de 2016 e setembro de 2017, todos esses realizados pela Coreia do Norte e, como disse no início da matéria, seu polêmico programa nuclear.
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