Nossa história é repleta de mulheres pioneiras e uma delas foi Grace Drummond-Hay que assumiu a incrível missão de dar a volta ao mundo pelo ar! Vamos lá?
Grace Drummond-Hay, nascida Grace Lethbridge, era a filha mais velha de Sidney Thomas Lethbridge e sua esposa Grace Emily. Ela se casou em 1920 aos 25 anos com Sir Robert Hay Drummond-Hay que na época era quase 50 anos mais velho do que Grace, inclusive sua filha caçula na época era 15 anos mais velha que Grace. Robert faleceu seis anos após o matrimônio deixando Grace viúva aos 31 anos de idade. Ela pertencia a aristocracia londrina e vivia em um belo apartamento na capital.
Ao longo da vida, estudou e se tornou jornalista, atuando para jornais de William Randolph Hearst no final do século 20. Foi em função de sua profissão que ela se tornou passageira do primeiro voo transatlântico de um Zeppelin que tinha o objetivo de uso civil, isso em 1928. Ela escreveu artigos para o The Chicago Herald and Examiner que foi editado pela Hearst Press relatando toda a experiência no LZ 127 Graf Zeppelin. Em 1929 houve um novo voo sob o comando de Hugo Eckener que tinha como objetivo dar a volta ao mundo e lá estava Grace Drummond-Hay, a única passageira mulher.
A viagem começou em Nova York e durou 21 dias iniciando em agosto de 1929, parando em Friedrichshafen (Alemanha), Tóquio (Japão) e Los Angeles (EUA) antes de terminar sua jornada em Lakehusrt, Nova Jersey (EUA). Também participaram da viagem Sir George Hubert Wilkins, explorador australiano, William B. Leeds, multimilionário norte-americano, Charles Emery Rosendahl, comandante da marinha norte-americana, Jack C. Richardson, observador naval, Karl Henry von Wiegand, correspondente do American Hearst, Robert Hartman, fotógrafo do Hearst, Joachim Rickard, correspondente de jornais espanhóis, Heinz von Eschwege-Lichbert, correspondente alemão, e Geronimo Megiais, médico do Rei da Espanha Alfonso XIII.
Sua grande participação neste voo ajudou a consolidar sua carreira como jornalista, depois Lady Drummond-Hay viajou para áreas de conflito como Abssínia (hoje Etiópia) e atuou como correspondente estrangeira na Manchúria (China), trabalhando ao lado de Karl von Wiegand. Ela era muito elogiada por sua sagacidade, talento e intelectualidade, produzindo artigos enriquecidos e muito admirados. Ela era muito conhecida e respeitada na época. Durante a Segunda Guerra Mundial ela e seu colega von Wiegand foram presos em um campo de concentração japonês em Manila, Filipinas. Foram liberados apenas em 1945 e nesta época Grace estava mudo adoecida, ao retornar aos Estados Unidos acabou falecendo devido a trombose coronária que adquiriu, falecendo em um quarto do Hotel Lexington. Após sua morte, ela foi cremada e suas cinzas levadas para o Reino Unido pelo próprio Karl von Wiegand.
Extraordinária sua história, não é mesmo? Uma pena que tenha falecido tão cedo, com apenas 50 anos. Você conhecia Grace Drummond-Hay? Comente!