Milhares de anos já se passaram, mas o mundo ainda continua intrigado com a civilização do Antigo Egito. Uma prova disso é o fato de que os arqueólogos de hoje ainda estão desenterrando relíquias do passado que nos dão mais perspectivas sobre o estilo de vida dos antigos egípcios, que são creditados com a invenção da matemática e escrita, entre outras coisas que ajudaram a moldar o mundo em que vivemos.
No entanto, há muito mais coisas interessantes sobre o Antigo Egito do que múmias, pirâmides e hieróglifos. De fato, essa civilização é amplamente representada na cultura pop, mas às vezes as representações que temos são baseadas em mitos e não em evidências concretas. Por isso, listamos aqui oito fatos reais sobre o Antigo Egito que você provavelmente não conhecia. Confira!
8. Muitos faraós eram “photoshopados” para parecerem mais magros
Por motivos óbvios, os faraós do Antigo Egito não eram necessariamente fotografados, mas o fato é que eles realmente foram retratados em pinturas e ilustrações como sendo mais magros do que realmente eram. De fato, é possível ver em várias artes egípcias que muitos dos faraós apresentavam corpos atléticos invejáveis. O problema é que, na realidade, muitos desses governantes provavelmente viviam acima do peso.
Para se ter uma ideia, alguns historiadores acreditam que os faraós seguiam uma dieta composta principalmente de pão, mel, vinho e cerveja, o que não é uma combinação muito recomendada para quem busca perder uns quilos. Além disso, muitos deles também sofriam de diabetes.
7. As pirâmides não foram construídas por escravos
Ainda hoje, muitas pessoas têm a impressão de que a Grande Pirâmide de Gizé foi construída por escravos. De fato, até mesmo o antigo historiador Heródoto acreditava que foram necessários cerca de 100 mil trabalhadores escravos para construir as pirâmides. No entanto, evidências arqueológicas recentes provam que essa teoria está errada.
De fato, acredita-se que a Grande Pirâmide foi construída por 25.000 trabalhadores que foram definitivamente pagos pelos seus serviços. Enquanto 20.000 deles eram trabalhadores temporários, o restante era permanente. Os historiadores acreditam que os trabalhadores eram pagos com comidas, bebidas e assistência médica. Além disso, aqueles que perderam a vida no processo de construção foram enterrados em um cemitério próximo.
6. Já existiam greves trabalhistas no Antigo Egito
As greves trabalhistas definitivamente não são um fenômeno moderno. Muitos historiadores compartilham a ideia de que os trabalhadores do Antigo Egito se rebelavam quando as condições de trabalho ideias eram negadas.
De fato, uma das primeiras greves trabalhistas registradas na história ocorreu em meados do século XII a.C., quando trabalhadores egípcios se recusaram a deixar o local até recebessem as rações prometidas. É importante deixar claro que a maioria dos egípcios via o faraó como um ser celestial, mas isso não os impedia de protestar caso não recebessem o pagamento que mereciam.
5. Os jogos de tabuleiro eram um passatempo muito popular
Você já tentou imaginar como as pessoas passavam o tempo no mundo antigo sem fontes de entretenimento como Netflix, videogames e Wi-Fi? No Egito antigo, pelo menos, eles jogavam jogos de tabuleiro. Um dos jogos que eles mais jogavam era chamado Senet, que era basicamente um jogo de azar.
As regras exatas do jogo não são conhecidas, mas acredita-se cada jogador tinha que mover suas peças ao longo de um tabuleiro com trinta quadrados, de acordo com o lançamento dos dados. Um tabuleiro do Senet foi encontrado na tumba de Tutancâmon e também há pinturas retratando outras figuras proeminentes curtindo esse jogo.
4. Os antigos egípcios realmente gostavam de beber cerveja
Além do vinho, a cerveja era uma bebida favorita entre os antigos egípcios. Adultos e até mesmo crianças gostavam da bebida, que não era exatamente a bebida alcoólica que conhecemos nos dias hoje. A cerveja egípcia era mais espessa e doce, sem falar que também continha mais nutrientes do que a cerveja moderna. No entanto, é importante deixar claro que ela ainda tinha efeitos intoxicantes.
Alguns trabalhadores chegavam a receber seus salários em cerveja, o que mostra como essa mercadoria era muito valorizada nos tempos antigos. Curiosamente, o fascínio por essa bebida levou ao culto de Tjenenet, que era a deusa egípcia da fabricação de cerveja e que também estava associada ao parto.
3. Cleópatra era mais grega do que necessariamente egípcia
Uma das figuras egípcias mais famosas de todos os tempos pode não ter sido tão egípcia quanto a maioria das pessoas acredita que fosse. Embora Cleópatra VII tenha nascido na cidade de Alexandria, no Egito, algumas evidências estudadas por historiadores mostram que ela veio de uma linhagem de macedônios gregos.
De fato, sua família pode ser rastreada até Ptolomeu I, que estava associado a Alexandre, o Grande. Os historiadores também acreditam em uma tese que compartilha a ideia de que a dinastia ptolomaica manteve suas tradições gregas enquanto viviam no Egito. Acredita-se também que Cleópatra foi, inclusive, um dos primeiros membros de sua família a falar a língua egípcia.
2. Os antigos egípcios tinham uma ótima relação com os animais
Pouca gente sabe disso, mas o fato é que os antigos egípcios podem ter sido mais obcecados com seus animais de estimação do que nós somos hoje. De fato, eles não acreditavam apenas que seus amigos peludos eram bons companheiros, mas também acreditavam que eles eram verdadeiras encarnações dos deuses. Por exemplo, os gatos eram associados a uma deusa chamada Bastet.
Vale destacar que outros animais de estimação também eram comuns no Egito, incluindo cães, falcões e até leões. Quando os donos morriam, às vezes os animais até chegavam a ser enterrados com eles. Havia também animais treinados para ajudar profissões específicas no Antigo Egito. Por exemplo, em alguns casos, macacos e cães eram usados para ajudar os soldados.
1. Apenas os membros da elite eram mumificados
As múmias são talvez as relíquias mais icônicas do Antigo Egito, mas poucas pessoas sabem que muitos dos egípcios não eram mumificados. Na realidade, apenas os membros da “elite” eram transformados em múmias após a morte, até porque o processo de mumificação era muito trabalhoso e caro.
Os ricos e os membros integrantes do governo eram mumificados porque os egípcios acreditavam que voltariam a viver após a morte devido ao fato de manterem a forma humana ao serem eviscerados e enfaixados. Por outro lado, os cidadãos comuns da sociedade eram simplesmente enterrados em grandes poços espalhados pelo deserto.
E você, já conhecia esses detalhes sobre o Antigo Egito? Compartilhe o post e deixe o seu comentário!